“A preço de banana”: Brechós e bazares online se popularizam e ganham adeptos em Petrolina

Em tempos de crise e de dinheiro curto, a solução para muitas pessoas é recorrer às lojas de artigos usados para comprar roupas, livros, discos, móveis, artigos de decoração e eletrodomésticos. Segundo os proprietários de brechós de Petrolina, os compradores não ligam para o fato de outras pessoas já terem usado a mercadoria. O que vale mesmo é o preço.

O personal stylist Ita Fexô, conta que os clientes vão até a loja atraídos pelo preço. Mas, depois que compram, viram consumidores fiéis. Segundo ele, o preço baixo atrai pessoas de diversas classes sociais.  A explicação: são calças, saias e camisas vendidas a partir de R$ 5. “Normalmente os clientes compram aos poucos. Passam no brechó, dão uma olhadinha e levam alguma coisa”, explica Ita Fexô. As vendas são regulares. “Normalmente as peças de verão têm um preço mais acessível nas lojas, com muitas promoções”, aponta.

O antigo e raro

Marco Antônio , dono de Brechó, conta que muitas pessoas vão até a loja procurando roupas diferentes e antigas. “O que eles não acham em lojas de roupas novas, encontram aqui. Talvez queiram seguir a tendência a que estão acostumados”, diz. “O pessoal que produz peças de teatro e aqueles com estilo próprio, diferente do que está na moda, também procuram a gente”, esclarece.

Um “garimpo” pela loja

Quando as pessoas vão aos brechós , elas gostam de garimpar, olhar por toda a loja até encontrar algo que lhes agrade.  “Há uma variedade muito grande. Além de ter raridades, tem muita coisa contemporânea”, comenta Tta Fexô.

Mas as atrações principais são as peças antigas, com desenhos, texturas e formas não mais encontradas facilmente. “As pessoas procuram esse clima de recordação. São coisas que remetem à infância e aqui elas revivem um pouco isso. Cada peça tem um sentimento”, explica.