NotíciasPolítica

A verdade é essa! Ai dos Coelhos se não fosse Petrolina

Sempre se ouviu em Petrolina a seguinte frase: Ai de Petrolina se não fosse os Coelhos! Frase criada que remete à família que sempre dominou a cidade, e que para muitos, o sucesso da cidade se deve ao trabalho que os primórdios da família. Para muitos, a cidade só é o que se tornou por causa deles. Mas, se pararmos para pensar, na verdade, é o inverso. Por que todo o sucesso da família, desde a sua vinda para estes rincões, fez com que acumulasse fortunas. E a maior fortuna da família é sem sombra de dúvidas o capital político. Tudo isso, graças a cidade que os acolheu.

Nos anos da Ditadura Militar (1964 – 1985) a Oligarquia estava acomodada na União Democrática Nacional (UDN) que, em 1966, foi integrado a Aliança Renovadora Nacional — Arena, partido de apoio aos governos autoritários, onde adquiriu grandes benefícios políticos e econômicos, garantindo a extensão do seu poderio ao território pernambucano através da indicação do então deputado Nilo de Souza Coelho ao governo estadual. Nilo foi um dos mais vigorosos políticos do clã.

Em 1947 iniciou sua carreira política como deputado estadual. Nilo era o 1.º secretário da Câmara e cumpriu importante papel de apoio ao Presidente da República, general Castelo Branco, de quem recebeu, em 1967, a indicação para se tornar governador do estado pernambucano. Ainda durante a Ditadura, em 1979, Nilo foi beneficiado com os votos do senador arenista, Cid Sampaio, e garantiu ingresso ao senado, chegando ao cargo de presidente daquela casa legislativa.

Nesse período a família Coelho conseguiu captar, junto ao governo federal, vultosos recursos para o município e o Estado. A dinâmica de uma dominação política, mostraram com o tempo que esses recursos serviram mais para a manutenção do grupo familiar que para o beneficiamento da população.

Se pararmos para pensar, todo o sucesso da família, desde a sua vinda para estes rincões, fez com que acumulasse fortunas. E a maior fortuna da família é sem sombra de dúvidas o capital político. Tudo isso, graças a cidade que os acolheu. Então, pare com essa conversa de dizer: ai de Petrolina se não fosse os Coelhos! A frase certa é essa: ai dos Coelhos se não fosse Petrolina!

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fechar