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Adolescentes em festas de Petrolina e Juazeiro: festas de 15 anos e festas abertas, o excesso de álcool é comum

 

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O artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) deixa bem claro: fornecer ou vender produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica à criança ou ao adolescente é crime, com pena de detenção de seis meses a quatro anos. Ainda assim, profissionais que trabalham no mercado de festas de aniversário de 15 anos relatam que são muito mais comuns comemorações com bebida do que sem. Pressionados pelos filhos, que não admitem o “mico” de fazer uma festa sem álcool para os amigos, os pais acabam cedendo. Dependendo do tamanho e do grau de ostentação das festas, como as que abrigam mais de 500 pessoas,principalmente  em salões nobres clubes na cidade, a medida de precaução limita-se a uma ambulância alugada na porta.

“Acho um absurdo. Todas as festas de 15 anos em que eu levei meus filhos neste ano tinham álcool “,  conta a dona de uma  empresa de festas infantis em Petrolina , Fátima Mirian, para quem o fato também é um contrassenso: — Muitos pais não deixam as filhas namorarem aos 14 anos, e aí, quando elas fazem 15, liberam uísque na festa.

Ela, diz que é por este motivo que não organiza mais  festas de 15 anos, apesar dos vários pedidos que recebe na sua empresa. Ela percebe que está havendo um racha nos bastidores deste mercado, porque algumas empresas, para não perderem o cliente, disfarçam “batizando” as bebidas.

Festas com open bar

Vários especialistas  em dependência química,  observam que o que acontece é uma “ilusão do controle”. Eles dizem que os pais acham que é melhor que os filhos bebam com eles do que longe deles. Isso é uma ilusão. Os filhos vão beber dentro e fora de casa. E é preciso lembrar que o Brasil tem a bebida como um fator cultural, e isso minimiza os efeitos negativos do álcool. O adolescente ainda está com o cérebro em formação, e o uso dessas substâncias pode preparar, sim, uma dependência futura , dizem os especialistas no assunto.

Os vereadores das duas cidades, como fiscais do povo, poderiam averiguar essa situação, junto com a sociedade, promover um debate participativo, ou talvez criar  regras mais severas para as festas com open bar. Com a palavra , as autoridades.

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