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Agrovale: fuligem e os transtornos em Petrolina e Juazeiro

O movimento popular “Pelo Fim da Queima de Cana pela Agrovale”, criado em 2017, após sucessivas reclamações de moradores de Juazeiro-BA e Petrolina-PE, incomodados pela fumaça e fuligem que se espalham pelas duas cidades, continua realizando ações com o objetivo de chamar atenção das autoridades competentes, órgãos ambientais e Ministério Público, afim de que os mesmos adotem providências em relação ao problema.

Na manhã da quinta-feira (12), o grupo, que é formado por representações e entidades da sociedade civil organizada e conta com o apoio do Conselho Municipal dos Direitos Humanos de Juazeiro, lançou uma campanha para que a população da região grave vídeos mostrando as consequências da queima da cana em suas residências e também nos espaços públicos.

Alguns moradores, que se sentem prejudicados com a queima de cana, já aderiram a ação e estão enviando seus vídeos mostrando um dos efeitos da ação da empresa Agrovale, a fuligem, que logo cedo da manhã, cai por toda parte das duas cidades.

O movimento popular avisa que quem quiser aderir à campanha, é só enviar o seu vídeo para chegadepoluicao@outlook.com ou WhatsApp 87988148681.

Em novembro do ano passado, o movimento lançou uma petição pública na internet, com o objetivo de mobilizar as comunidades e arrecadar assinaturas para um documento que será enviado ao Ministério Público Federal. O documento ainda está disponível através do site http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR76570.

Nota de esclarecimento da empresa Agrovale

Ciente da contribuição para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Vale do São Francisco, a Agrovale vem à público informar o trabalho que tem sido feito visando a diminuição da incidência de partículas decorrentes da queima da cana-de-açúcar nas cidades circunvizinhas.

A empresa vem realizando investimentos na implantação da colheita mecanizada e, apesar das dificuldades operacionais, em decorrência das condições do solo com grande ocorrência de pedras e do manejo da cultura e da irrigação, esta iniciativa vem apresentando resultados bastante favoráveis.

Na safra 2018, a empresa fez um aporte de R$ 1,5 milhão para aquisição de maquinário, mão de obra e toda a estrutura necessária.  Como resultado efetivo desse investimento, foi assinado um convênio com a Secretaria do Meio Ambiente e Ordenamento Urbano de Juazeiro, onde serão doadas 80 mil toneladas de palhada para os pequenos produtores rurais, até o mês de dezembro de 2020.

Com a adoção dessas medidas técnicas e de responsabilidade econômica, social e de sustentabilidade ambiental já se pode constatar uma redução significativa da incidência da fuligem em comparação às ocorrências em anos anteriores. O processo é complexo e demanda tempo, além de trazer, inevitavelmente, prejuízos econômicos à região, uma vez que a aquisição de novas colheitadeiras reduz postos de trabalho, substituindo 100 trabalhadores para cada máquina adquirida.

Diretoria da Agrovale

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1 pensou em “Agrovale: fuligem e os transtornos em Petrolina e Juazeiro”

  1. Este problema da fuligem da agrovale é antigo. Data de mais de trinta anos. E a empresa vem sempre, “prometendo como sem falta e faltando como sem dúvida”, resolver o embroglio com a compra de máquinas. Ocorre que há um grande área plantada em terreno com muita pedra, a qual jamais poderá ser colhida com a colheitedeira, pelo que, enquanto não for dizimada essa área, não haverá solução. Essa área, entretanto, nunca vai ser dizimada porque o lucro, o vil metal fala mais alto

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