A Escola Agrotécnica, IF Sertão Petrolina demonstra em quase 73% da população petrolinense, registros de insegurança alimentar. O sucesso do Agro negócio é magnífico, segura a economia local, irriga o comércio, sustenta empregos, mas não é a panaceia de todos.
A fome é virulenta na periferia e parte da zona de sequeiro e ribeirinha, com sinais muito evidentes em muitas famílias. Sem alarde apocalíptico ou interesse “em vender audiência ou jornal” a concentração de renda é perversa nesta cidade de 387 mil habitantes e toda sua riqueza hidrográfica, seu recurso hídrico, sua geografia estratégica, sua política, seu histórico religioso e social.
A insegurança alimentar em Petrolina tem seus registros silenciosos nas imensas filas da caixa econômica federal, nas aglomerações em pontos de ônibus, na merenda escolar tão desejada por alunos da rede pública escolar, no desemprego em massa na periferia urbana e até nos perímetros irrigados.
Mesmo com todo empenho da representação política e toda propaganda oficial da prefeitura, vendendo exageros midiáticos, a insegurança alimentar é constatada em trabalhadores que são obrigados a “escolher entre a passagem do transporte coletivo ou o almoço em dias úteis” onde são constrangidos.
Verdade que é observada nós supermercados e frigoríficos, onde o petrolinense pobre é pressionado com o que tem que escolher, entre o necessário e o que é oferecido em preço. A insegurança alimentar corrói a propaganda política e desmoraliza as estatísticas de governo nesta cidade.
***Herege: é a pessoa que é contrária aos dogmas de uma determinada religião ou seita. Um indivíduo ateu pode ser categorizado como herege, pois não acredita na existência de Deus e que não pratica os deveres religiosos.
