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Brasil ocupa 161° lugar em ranking de presença feminina no Executivo

 

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O Brasil ocupa a 161º posição no ranking de Presença Feminina no Poder Executivo, dentre os 186 países analisados. O resultado mostra que a inserção das mulheres brasileiras em cargos de chefia é uma das piores no mundo e a pior da América Latina. No ano passado, o Brasil estava em 115° lugar no ranking mundial.Nas últimas eleições, das 11 candidaturas ao Planalto, 3 eram de mulheres. A ex-presidente Dilma Rousseff foi a única mulher a ocupar o cargo.

O ranking é feito pelo PMI (Projeto Mulheres Inspiradoras) e é baseado em 1 índice que sintetiza dados que medem a representatividade feminina nas chefias de governo, a representatividade nas chefias de Estado; o número e a proporção de habitantes governados por mulheres e a proporção de cargos em ministérios ocupados por lideranças femininas.

São levadas em conta informações das Nações Unidas, do Banco Mundial e do instituto de pesquisas The Heritage Foundation. Também foram utilizados dados específicos de consulados e espaços oficiais dos países participantes.

No caso do Brasil, foram considerados dados primários e públicos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da Sead (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados).

Em 2016, 4% dos ministérios eram ocupados por mulheres. Hoje, o número caiu para 3,5%.

No caso dos governos estaduais, analisando as eleições de 1992 até 2014, o estudo mostra que o melhor ano em representatividade feminina foi 2006, quando 3 mulheres foram eleitas governadoras. Hoje, apenas uma mulher é governadora no país, Suely Campos (PP), em Roraima.

Em Roraima, 27% do secretariado são ocupados por mulheres, o que torna o Estado o 4º com maior presença feminina nesses postos. Em 1° lugar está a Paraíba, com 37,21% de secretarias ocupadas por mulheres, depois Mato Grosso do Sul (30,77%) e Acre (29,17%).

Os 10 países com maior presença feminina em postos do Executivo são:

  1. Nova Zelândia;
  2. Chile;
  3. Reino Unido;
  4. Suíça;
  5. Ilhas Marshall;
  6. Myanmar;
  7. Islândia;
  8. Noruega;
  9. Peru;
  10. Alemanha.

Em relação aos continentes, o que está melhor posicionado é a Europa. Lá as mulheres ocupam 20,4% das cadeiras de chefias de Governo O mesmo ocorre com a proporção média europeia de mulheres ocupantes de cargos político-administrativos de primeiro escalão: elas estão em 24,7% dessas posições no continente.

As Américas do Norte e do Sul estão juntas na 2ª posição, seguida pela Ásia e pela África subsaariana, conforme divisão territorial estabelecida na pesquisa. Em último lugar, está o Norte da África, onde não há nenhuma mulher como chefe de Governo.

“Nós estamos mostrando que 92% dos chefes de Governo no mundo são do sexo masculino. A representatividade das mulheres é muito baixa”, disse Marlene Machado, diretora executiva do projeto. Mas o que se destaca é que, de 1940 até hoje, apenas 135 mulheres foram chefes de Governo, em 73 países.

Um dos elementos que ajudam a explicar a situação é o acesso ao voto. A Nova Zelândia, 1ª colocada no ranking, é também a que detém o direito ao voto feminino há mais tempo: 125 anos.

No Brasil, os homens votam desde 1889, mas as mulheres só passaram a votar e poder serem votadas em 1932, há 86 anos. A diferença do tempo de homens e mulheres como votantes aqui é de 41 anos.

(Com informações da Agência Brasil.)

 

 

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