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Cemitérios deveriam entrar nos debates eleitorais em Juazeiro e Petrolina, problema afeta os mais pobres

No dia a dia dos juazeirenses e Petrolinenses um assunto causa indignação: a falta de espaços para sepultamentos. O assunto aflige a maioria das cidades. O problema é tão grave que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) alertou o Palácio do Planalto e ministros sobre situações de caos em cemitérios do País e a falta de espaços para sepultamentos, causados pelo aumento de óbitos pela covid-19.

Entre os questionamentos o número de coveiros disponíveis e a capacidade em suas unidades locais.

Os atuais candidatos a prefeitos e vereadores tem que pensar neste assunto, sempre muito sensível, a falta de cemitérios municipais dignos em Juazeiro e Petrolina. Na grande maioria dos cemitérios públicos não há sequer um inventário, e a gestão muitas vezes depende do conhecimento prático de coveiros.

O assunto é tão sensível que ninguém discute nos meios de comunicação o grande salto no número de mortes provocadas pela covid-19 desde março e que o sistema funerário ligou o sinal de alerta.

Petrolina são três cemitério municipais. No cemitério Campos das Flores, centro, o cenário é desolador e de falta de respeito. Além de queixas de furtos constantes, problema citado entre os problemas é a falta de sinalização. Uma das imagens mais triste são covas abertas. Os coveiros disseram que já não existe espaço novos sepultamentos no local.

O cemitério Campos das Flores tem uma relação afetiva muito forte com os petrolinenses,  em virtude de ser lá o ambiente onde centenas de entes queridos e pessoas que fizeram história estão sepultadas.

Em Juazeiro o Cemitério Municipal numa placa consta: Praça da Saudade, construída e inaugurada pelo prefeito Durval Barbosa da Cunha, em 02-11-1973. De acordo com a assessora administrativa, Carla Luyda, também não existe mais espaços para sepultamentos em Juazeiro. “Atualmente existe um cemitério sendo construído no municipio”.

Carla defende que a solução seria a construção de gavetas e ressalta que isto tem sido a estratégia usada em grandes cidades e médias onde estão aumentando significativamente a oferta de modernas gavelas para enterros de corpos em suas unidades. “Realizamos um trabalho de assistência para a família das pessoas sepultadas, apoio emocional e evangelização, e todos fazemos todos os esforços para manter o Cemitério limpo e iluminado”.

No site Caos Planejado uma publicação digital sobre urbanismo, com foco nas cidades brasileiras, João Melhado, economista, mestrando em administração pública pela Universidade Columbia, com foco em cidades e tecnologia toca na ferida: “precisamos pensar na morte e suas implicações. Para os interessados em políticas públicas e vida urbana, a conversa é inexorável. Parte da própria ideia da fixação do ser humano (e o que de nós sobrará) em um determinado lugar, eternizada e estabelecida nos locais de sepultamento.

‘Aderindo ao pragmatismo imposto pelo cotidiano, cabe também pensar na gestão de cemitérios, suas desigualdades desumanas, sempre de maneira racional, mas sem perder a sensibilidade necessária para o tema. Olhando para o setor no Brasil, sobram exemplos da falta desses princípios, com raras exceções, descaso na manutenção de cemitérios e privilégios aos mais ricos são exemplos cotidianos’, acusa Melhado em artigo.

RedeGN Fotos Ney Vital

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