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Conheça a origem de expressões populares brasileiras

Não deixe sua curiosidade acabar em pizza. Descubra de onde vêm expressões como "fazer uma vaquinha", "chutar o balde" e "puxa-saco"

Assim como algumas palavras que já mostramos aqui, existem algumas expressões populares que fazem parte de nosso dia a dia e que a gente nem imagina como surgiram e, muitas vezes, nem o que significam.

Um bom exemplo dessas expressões populares, são aquelas que têm um dublo sentido, um significado oculto por trás das palavras e que se referem a coisas que só quem nasceu aqui (ou onde os ditados tiveram origem) entendem.

“Fazer uma vaquinha”, “terminar em pizza”, “a cobra vai fumar” são apenas algumas dessas expressões que você vai conferir na lista abaixo.

Como você mesmo já teve ter percebido, muitas dessas expressões têm sentidos bem conhecidos, mas que pouca gente sabem como surgiram. É isso que vamos descobrir hoje, a seguir.

2. Chorar pitangas

Quer dizer se queixar. O livro Locuções Tradicionais do Brasil diz que essa frase surgiu inspirada na expressão portuguesa “chorar lágrimas de sangue”. A pitanga, vermelhinha, seria como a lágrima de sangue.

3. Arroz de festa

A expressão se refere ao arroz doce, que durante o século 14 era uma sobremesa praticamente obrigatória nas festas, tanto para portugueses quanto para brasileiros. Não demorou muito para a expressão ser usada para se referir àquelas pessoas que não perdem uma só “boca-livre”.

4. Terminar em pizza

O termo quer dizer que alguma coisa errada vai ficar sem punição e também teve origem no futebol, mais exatamente na década de 1960. Nessa época, um dos dirigentes do Palmeiras estava há 14 horas em uma reunião sobre assuntos do time quando a fome bateu e o encontro “sério” acabou em uma pizzaria.

Foi um jornalista esportivo, chamado Milton Peruzzi, que acompanhava a reunião pelo Gazeta Esportiva, que usou a expressão pela primeira vez na manchete: “Crise do Palmeiras termina em pizza”.

O termo passou a ser bastante associado à política em 1992, com o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. Como o processo de afastamento de um presidente ainda era novidade no Brasil, a maior parte da população não conseguia dizer o termo em inglês, sem contar que muitos não acreditavam que Collor seria realmente punido e acabavam usando a expressão.

5. Matar cachorro a grito

De acordo com o livro O Bode Expiatório 2, do professor Ari Roboldi, cachorros conseguem ouvir sons inaudíveis para o ouvido humano, tanto de baixa quanto de alta frequência.

Com uma audição sensível dessa forma, os animais poderiam realmente morrer por causa dos sons audíveis. Isso aconteceria porque, aflitos os cães seriam capazes de se chocar contra a parede até a morte.

6. Chato de galocha

Para quem não sabe, galocha é uma espécie de bota de borracha que se calça por cima dos sapatos em dias chuvosos. Como o calçado, que existe para reforçar os sapatos, esse tipo de chato seria reforçado, quase insuportável e super resistente.

7. Amigo da onça

Amigo da Onça era um personagem criado pelo chargista Andrade Maranhão para a regista O Cruzeiro. A charge circulou de 1943 a 1961 e se tratava sobre uma pessoa que sempre dava um jeito de levar vantagem sobre as outras, colocando seus amigos em situações embaraçosas.

8. Paredes têm ouvidos

Outra das expressões populares muito usadas no Brasil, dizer que as paredes têm ouvidos quer dizer que alguém pode estar ouvindo a conversa. Em alemão, francês e chinês existe ditados bem parecidos com este e com o mesmo sentido, como: “As paredes têm ratos e ratos têm ouvidos”.

Há quem diga também que essa foi uma expressão usada para se referir à rainha Catarina de Médicis, esposa do rei da França Henrique II, que era perseguidora dos huguenotes e chegou a fazer furos nas paredes do palácio para ouvir o que as pessoas das quais suspeitava estavam dizendo.

9. Custar os olhos da cara

Ele próprio teria dito que defender os interesses da coroa espanhola teria custado seus olhos da cara, ao falar sobre o assunto ao imperador Carlos I, da Espanha.

10. Salvo pelo gongo

Ao que tudo indica, a expressão teve origem nas lutas de boxe, já que o pugilista prestes a perder pode ser salvo pelo soar do gongo ao fim de cada round.

Mas, claro, existe uma outra explicação possível e mais bizarra que fala sobre uma invenção chamada “caixão seguro”. Esse tipo de urna era usado por pessoas que tinham medo de ser enterradas vivas e que encomendavam caixões com uma corda ligada a um sino fora da sepultura. Se elas acordassem, poderiam dar sinal de vida e ser retirada da cova.

11. Por a mão no fogo

Esse era um tipo de tortura praticada na época da inquisição da Igreja Católica.  Quem pegava esse tipo de castigo por heresia tinha a mão envolvida em estopa e era obrigado a andar alguns metros segurando um ferro aquecido.

Depois de três dias, a estopa era arrancada e a mão do “herege” era examinada: se ainda estivesse queimada, o destino era a forca. No entanto, se estivesse ilesa, era porque a pessoa era inocente (o que nunca acontecia, né?).

É por causa disso que colocar a mão no fogo ou fogo nas mãos virou uma espécie de atestado de confiança.

12. Rodar a baiana

Quem nunca? A expressão quer dizer da um escândalo em público e teria se originado nos blocos de Carnaval do Rio de Janeiro no início do século 20.

Dizem que nessa época, alguns malandros aproveitavam a folia para dar beliscões no bumbum das moças dos desfiles até que capoeiristas passaram a se fantasiar de baianas para proteger as garotas do assédio.

Daí, quando algum engraçadinho desavisado avançava o sinal, levava um golpe de capoeira e, quem estava se fora, só via a “baiana rodar” sem entender direito o que estava acontecendo

13. A cobra vai fumar

Durante o governo de Getúlio Vargas, em plena 2ª Guerra Mundial, o Brasil tentava se aproximar dos Estados Unidos e, ao mesmo tempo, da Alemanha. Então, passaram a dizer por aí que seria mais fácil uma cobra fumar que o Brasil entrar na guerra.

Mas, a verdade é que acabamos no meio do conflito, apoiando os Estados Unidos. Em resposta aos boatos desaforados, os soltados brasileiros da Força Expedicionária adotaram então como símbolo um escudo com uma cobra fumando.

14. Santo do pau oco

A expressão vem do Brasil colonial, quando os impostos sobre o outro e sobre as pedras preciosas eram muito altos. Então, para enganar a coroa, os mineradores escondiam parte de suas riquezas em santos que tinha abertura na madeira e o fundo oco.

Dessa forma, eles podiam passar pelas Casas de Fundição sem pagar impostos abusivos, já que ninguém dava importância ao santo que estava sendo carregado.

Por causa disso, a expressão “santo do pau oco” virou sinônimo de falsidade e de hipocrisia.

15. Puxa-saco

Essa também é uma das expressões populares mais comuns que usamos e se refere a pessoas interesseiras que tentam agradar alguém, normalmente poderoso ou em nome de algum ganho material.

Esse ditado, segundo dizem, teria nascido nos quartéis brasileiros e era um apelido dado aos soldados de baixa patente que tinham a obrigação de levar sacos de suprimentos durante as viagens e campanhas do exército.

 

Fonte: Mundo Estranho

 

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