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Delator “Ventola” vira peça-chave em acusações contra Bezerra Coelho

Segundo o relatório que indiciou o líder do governo no Sendo, ele recebeu vantagens indevidas de R$ 10,4 milhões entre 2012 e 2014

O operador financeiro pernambucano Eduardo Freire Bezerra Leite, conhecido como “Ventola”, se tornou peça-chave no indiciamento do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), diz a Folha.

Ventola é investigado na Lava Jato por sua ligação com o presidente da Câmara, Arthur Lira. Ele foi um dos responsáveis pela aquisição do avião que caiu matando o então presidenciável Eduardo Campos, em 2014.

Em 2016, Eduardo Freire foi preso pela Polícia Federal e assinou um acordo de delação premiada. O operador dirigia uma rede de empresas que, segundo as investigações, eram voltadas para a agiotagem e também para lavagem de dinheiro de empreiteiras.

Seus depoimentos ajudaram a embasar a Operação Desintegração, que fez buscas autorizadas pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF, no gabinete do senador em 2019.

No último dia 31 de maio, a delegada Andrea Albuquerque da Cunha concluiu o relatório da investigação policial sobre o caso indiciando Bezerra e seu filho, o deputado federal Fernando Coelho Filho (DEM-PE), sob suspeita de corrupção, lavagem e caixa dois, entre outros.

O texto do relatório afirma que os dois receberam vantagens indevidas de R$ 10,4 milhões entre 2012 e 2014.

A defesa de Fernando Bezerra Coelho disse que o relatório da Polícia Federal no inquérito “não passa de opinião isolada”.

Do Antagonista

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