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Petrolina: se o governo federal não tem plano de vacinação, a pergunta que fica é: Petrolina tem plano de vacinação?

Em Petrolina já tem mobilização. Depois que o  governo federal anunciou que a partir da próxima quarta-feira,20,começará a vacinação nas cidades brasileiras, o prefeito de Petrolina usou as redes sociais para anunciar que está tudo certo para a vacinação na cidade. Será? 

O primeiro lote de vacinas contra o coronavírus desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac começa a chegar no Brasil, mas ainda há muita incerteza sobre como a população receberá esse e outros imunizantes. Enquanto o governo federal se dedica à desinformação, uma segunda onda de contágio começa a se impor e os riscos da pandemia voltam a subir.

O tempo é precioso e quanto maior for a demora na escolha da vacina, mais brasileiros morrerão. Na última vez que apareceu em público, no lançamento da campanha Novembro Azul, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, não quis falar sobre a Covid-19 e questionado sobre a segunda onda, fugiu do assunto, preferindo tratar de problemas de câncer de próstata.

A Covid-19 já contaminou mais de 6 milhões de pessoas no Brasil e matou 168 mil. E a sensação de inoperância e a falta de objetividade que vem do governo tornam o futuro assustador. O governo promete um plano de vacinação até o fim deste mês e só na semana passada a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou a inspeção das fábricas de potenciais fornecedores do imunizante. Não se sabe ainda quais serão os grupos prioritários na estratégia de vacinação.

Petrolina

Em Petrolina já tem mobilização. Depois que o  governo federal anunciou que a partir da próxima quarta-feira,20,começará a vacinação nas cidades brasileiras, o prefeito de Petrolina usou as redes sociais para anunciar que está tudo certo para a vacinação na cidade. Será?  Não queremos parecer que estamos contra os planos municipais, porém, apesar da confiabilidade do prefeito, ainda estamos céticos quanto a eficácia do plano de vacinação que o prefeito anunciou. Existem gargalos que precisam ser destravados, e quais são eles?

1) Vacinadores

Um problema que o governo municipal vai enfrentar de cara  é a falta de pessoas para vacinar a população. No  município existe uma deficiência de profissionais da saúde. Para constatar o que estamos escrevendo, basta ir em posto de saúde na cidade que logo se percebe a falta desses profissionais. Falar que tudo está pronto é uma coisa, outra coisa é ver isso acontecendo na realidade e com eficácia de um plano para administrar as doses na população.

Certamente o governo federal convocará pessoas da área médica — como médicos aposentados e dentistas — para ajudar a vacinar a população. No entanto, uma série de entraves burocráticos podem  impedir muitos de se voluntariar. Em Petrolina existe um contingente de vacinadores que alcance a população como um todo?

Médicos aposentados e dentistas podem ajudar a vacinar a população. Mas eles querem isso? vale lembrar que existem  uma série de entraves burocráticos que vão impedir muitos de se voluntariar. Em Petrolina, ocorrerá o mesmo!

O sistema nacional de saúde exige uma série de documentos e a realização de cursos para uma pessoa poder ajudar a vacinar. Entre as exigências estão cursos que tratam sobre como lidar com radicalização ideológica e como proteger crianças — sendo que crianças não receberão as vacinas para covid.

2) Seringas

Governos estaduais e municipais  estão correndo também para garantir o suprimento de seringas. É o caso do Brasil, que zerou a alíquota de importação de seringas e está atualmente em uma queda de braço com empresas produtoras, após o fracasso de um leilão no mês passado.  Será que temos seringas em Petrolina em número suficiente? Essas seringas são as recomendadas?

A Agência Europeia de Medicina alertou que muitos países estão usando seringas erradas para vacinação, que extraem apenas cinco doses dos frascos da Pfizer, e que uma sexta dose está sendo desperdiçada. A agência também fez um alerta que as sobras de vacina nos frascos não devem ser juntadas para formar uma nova dose completa.

O jornal The New York Times noticiou que autoridades da saúde ainda não compraram as seringas certas, que permitiriam um aumento de 20% no número de doses disponíveis para sua população.

 

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