Com a escolha do educador Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna, para ser o novo ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro (PSL), a bancada evangélica tomou um banho de água fria.
Na verdade a galera evangélica está sem entender o que está acontecendo, pois ainda havia a expectativa do ministro da Casa Civil do futuro governo, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), conversar sobre o ministério,mas, ficaram somente no gosto.
A frustração é geral, e parece que o tom da conversa vai endurecer, e há um clima de traição no ar. A bancada evangélica está enfurecida e rapidamente demonstraram a contrariedade com a escolha de um nome supostamente ligado à esquerda.
Segundo um dos parlamentares que participou da reunião, ouviram de Lorenzoni que não havia nenhuma decisão do governo para a pasta e que o futuro governo estava aberto a indicações dos evangélicos até a terça-feira seguinte (27).
O grupo evangélico avalizou o nome e considerou a confusão apenas um problema de comunicação entre Lorenzoni e Bolsonaro.
Reservadamente, parlamentares evangélicos dizem que esses episódios geram um mal estar com o governo eleito.
O pastor Silas Malafaia, lembrou que “gratidão é memória do coração”, ao constatar que seu aliado, senador Magno Malta (PR-ES), vem sendo esnobado por Bolsonaro. Antes chamado pelo futuro presidente de “vice dos sonhos”, Malta não ganhou ministério algum até o momento.
Por enquanto, o melhor cenário para o senador que não se reelegeu e foi uma das pessoas mais atuantes na campanha de Bolsonaro é ver sua assessora parlamentar, a pastora evangélica Damares Alves, se tornar ministra de Direitos Humanos e Mulheres.