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Fiocruz orienta escolas sobre o retorno das aulas presenciais

Consultores da Fundação vão ajudar as unidades na adoção de medidas

A Fundação Oswaldo Cruz recomenda que as escolas de todo o país elaborem um plano de ações para o enfrentamento e convívio com o novo cenário imposto pela pandemia, antes de reabrir as unidades. O planejamento intersetorial integrado deve ser feito em cada escola, a partir de suas especificidades, incluindo o ensino híbrido e a criação de uma comissão interna de saúde e ambiente.

As recomendações foram divulgadas nesta semana em uma nota técnica de um grupo de trabalho que reúne, além da Fiocruz, pesquisadores da Fundação Cecierj, da UFRJ, professores da rede pública e gestores das áreas da educação e saúde.

A pesquisadora Tania Araújo-Jorge, do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos, do Instituto Oswaldo Cruz, e coordenadora da Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde, destaca que o foco da discussão não deveria ser a data da reabertura das escolas.

A partir dos dados da Covid-19 no Rio de Janeiro, que continua ultrapassando as 100 mortes diárias pela doença, a pesquisadora aponta que o momento, ainda desfavorável ao retorno às salas de aula, deve ser aproveitado para esse planejamento.

As recomendações vão além dos aspectos sanitários já elencados por organizações com a Unicef, que estipulam por exemplo, regras de distanciamento e higiene.

A nota chama atenção para aspectos importantes, como a tentativa de reconexão de todos os integrantes da comunidade escolar, por meio por exemplo, de contatos telefônicos com as famílias; uma política de acolhimento em saúde mental e emocional; a reconstrução do vínculo do aluno com a escola para que ele se sinta seguro para evitar a evasão escolar. Além disso, o planejamento precisa ter como foco a organização do cotidiano das atividades, com a reconfiguração do espaço e do processo de aprendizagem.

O texto também ressalta a importância da implementação definitiva do ensino híbrido, como forma de estimular a criação de novos métodos didático-pedagógicos. A pesquisadora da Fiocruz destaca que essa é uma oportunidade que acabou sendo trazida pela pandemia de repensar o modelo de ensino.

A Fiocruz se coloca à disposição para ajudar os gestores e organizações educacionais na construção dos planejamentos com a manutenção de uma equipe permanente de consultoria.

 

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