O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira as medidas do governo federal para cortar gastos em busca do equilíbrio fiscal. É esperado uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.
Haddad afirmou que será feita uma reforma da renda, com maior taxação de quem recebe acima de R$ 50 mil por mês, para garantir a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais.
O titular da Fazenda explicou que as medidas estão sendo tomadas para manter as condições de proteção da economia.
A política de reajuste do salário mínimo, que prevê um aumento acima da inflação, deve ser alterada para respeitar o teto de gastos públicos previstos pelo arcabouço fiscal. Com isso, o salário mínimo deve crescer 2,5%, no máximo, acima da inflação.
No pronunciamento, o ministro da Fazenda também anunciou que as aposentadorias dos militares serão alteradas.
Já o abono salarial será garantido para quem ganha até 1 salário mínimo e meio, ou até R$ 2.640. Hoje tem direito ao benefício quem ganha até dois salários.
Também será apresentada medida para proibir, em caso de déficit primário, a criação, ampliação ou prorrogação de benefícios tributários.
Nesta quinta-feira, logo pela manhã, em uma coletiva de imprensa, ministros e técnicos irão detalhar as medidas que estão sendo propostas pelo governo federal para reduzir despesas.