Leitor denuncia superlotação no Hospital Regional de Juazeiro e “malabarismo” para atender pacientes

O leitor Jailson Ferreira de Souza, escreveu para este Blog e denuncia, o que segundo ele, é um atendimento desumano no Hospital Regional de Juazeiro e “malabarismo” para atender pacientes.

Confiram:

“Sou Acompanhete de um paciente. A saúde está na UTI. Essa madrugada eu estive acompanhando o meu pai e presenciei pacientes amontoados nas salas de observação; outros internados em cadeiras quebradas. Também vi acompanhantes que se revezavam em poucas cadeiras. Não há leitos suficiente no Hospital Regional de Juazeiro. É desumana a situação. Fora isso há redução de material hospitalar para fazer curativos, superlotação de pacientes nos quartos.

Eu pensei que estava num campo de guerra. É sangue, gritos e odor. Os banheiros são fétidos e sujos. Minha indignação é pelo descaso do governo estadual e o péssimo exemplo em tratar a saúde. As pessoas sem plano de saúde estão a mercê da sorte, longe de serem cuidadas como gente. Paciente tem limite mas doença não. Quando olho para aquelas pessoas vejo tristeza, dor e insegurança.

É humilhante a situação. É nítido que os médicos estão fazendo malabarismos, é perceptível a indiferença e conformismo dos servidores do HRJ. Todos reclamam, mas ninguém faz nada. Os médicos culpam as autoridades, os pacientes aos profissionais de saúde e a comunidade apenas aceita o fato. Pagamos impostos altíssimos, há muita propaganda eleitoral mentirosa e injustiça social. Se acha que estou enganado eu te convido a ficar duas noites em claro vendo e ouvindo o que ocorre na emergência.

Eu convido aos políticos pedir voto nas madrugadas deste hospital. Ou poderia até ver a fila de pessoas na porta, amontoados, para conseguir uma miséria ficha para exames. Eu poderia dar outro nome a tudo que presenciei, mas preciso usar o melhor termo. A saúde em Juazeiro está na UTI.

Jailson Ferreira de Souza – Acompanhete de um paciente

PS: Em contato com a assessoria do Hospital Regional de Juazeiro esta confirmou que a unidade hospitalar continua superlotada, mas permanece atendendo a todos que chegam lá. Os pacientes são assistidos e medicados.