Locutores de Rádio e a falta de espontaneidade no Vale do São Francisco. Porém, ainda existem os bons

Fazer Rádio, ser locutor, produtor, escrever texto e fazer entrevistas é algo maravilhoso. Entrar no mundo do outro, fazer perguntas e entender a parte do outro, é de fato algo extremamente interessante. Uma entrevista bem conduzida e livre de amarras, prende o ouvinte.

Diversos locutores no Vale do São Francisco, em especial, Petrolina e Juazeiro no passado, deram aulas lindas de como fazer Rádio. As risadas de Inah Torres, as tiradas inteligentes de Theones Batista, o falar sem medo de Farnésio Silva e a linguagem inteligente de Vinicius de Santana, parecem que desapareceram no tempo. Esses ainda fazem do Rádio o lugar da boa notícia.

Hoje, o que se ouve no rádio são bons locutores com um defeito que ao que parece está em todos: a falta de espontaneidade. Parece que estão todos engessados. Principalmente quando vão entrevistar políticos da Região ou que vem de outras Regiões. São cheios de dedos, tem medo de falar, seguem um roteiro milimétrico e não fazem perguntas fora da caixa. Aquela pergunta que deixa o entrevistado obrigado a pensar em responder. Certas entrevistas parecem um teatro com falas demarcadas. É horrível.

O que hoje falta nos nossos locutores locais é : pensar em tudo sem se deixar limitar pela “realidade”, fechar  os olhos e se divertir com sua própria imagem.