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Lula deixa sede de sindicato e se entrega à PF em São Paulo

O ex-presidente Lula deixou por volta das 18h40 a sede do Sindicato dos Metálurgicos do ABC em direção ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Na saída, manifestantes e militantes do Partido dos Trabalhadores fizeram uma corrente humana na tentativa de impedir a saída do ex-presidente. O impasse demorou várias horas.

Da sede do sindicato até o aeroporto o carro de Lula será escoltado por um combio de viaturas da Polícia Federal. O trajeto, sem trânsito, dura cerca de meia hora.

Em Curitiba, para onde o ex-presidente será levado, haverá uma limitação no fluxo de pessoas no entorno do prédio. De acordo com a Polícia Militar os dois grupos – a favor e contra Lula – ficarão separados por um espaço de 30 metros, entre eles haverá ainda uma barreira de policiais e carros da corporação para assegurar que manifestantes não se encontrem.

O comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito, tenente-coronel Polak, explicou que os apoiadores de Lula ficarão próximas ao portão de acesso à Superintendência. Já os opositores deverão se concentrar do outro lado do prédio. Segundo o comandante, a medida serve para evitar confrontos e permitir que possam se manifestar.

“Tudo isso é para que eles não se misturem, não fiquem  se degladiando, porque não é isso que nós queremos. A democracia diz que todos nós temos a liberdade de expressão”, disse. O militar não revelou o número de policiais que devem trabalhar na operação por questões de segurança. A determinação foi negociada com grupos a favor de Lula que se encontram no local desde a manhã.  A PM evitou dar uma estimativa de manifestantes no local. O comandante informou também que assim que grupos contrários ao petista chegarem na Superintendência serão encaminhados para o local destinado a eles. 

Imprensa atacada

Pedro Durán, ao lado de outros jornalistas, tinha entrevistado o ex-ministro do governo Lula Celso Amorim quando foi empurrado pelo manifestante dentro do sindicato, que tentou atirar objetos, como garrafas e até a própria grade de proteção que isolava a imprensa. A confusão, registrada por vários veículos de imprensa, só foi controlada depois que os deputados Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Carlos Zarattini (PT-SP), além do coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, retiraram Durán do local.

O repórter teve um arranhão no braço e saiu do prédio pelo subsolo. Ele continua na cobertura do lado de fora do sindicato.  O ataque ao repórter não foi o primeiro na cobertura sobre a ordem de prisão expedida pelo juiz federal Sérgio Moro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na última quinta-feira (5), durante protesto em frente à Central Única dos Trabalhadores (CUT), no centro de Brasília, uma equipe do jornal Correio Braziliense – uma repórter, uma fotógrafa e um motorista – tiveram o carro em que estavam depredado. Uma equipe do SBT e um repórter fotográfico da Agência Reuters também foram agredidos.

Ontem (6), em São Bernardo do Campo (SP), o jornalista Nilton Fukuda, repórter da Agência Estadão Conteúdo, e a jornalista Sônia Blota, da Band, foram agredidos ao registrarem manifestações em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ambos foram atingidos por ovos jogados pelos manifestantes. Reação As agressões a jornalistas registradas durante a cobertura de protestos em São Paulo e Brasília geraram reações de entidades de imprensa. Ontem (6) em nota conjunta, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). 

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