Segundo o produtor, há pelo menos seis anos que não se tinha essa produção. “Estamos no período de entressafra e mesmo assim as abelhas estão produzindo mel”, pontua Sousa. Pelos dados do Sebrae/PE, teve produtor que começou o projeto com cinco colmeias e hoje já está com 35.
A proposta é que o produto seja exportado já no começo do próximo ano. O continente europeu é o foco inicial, um mercado que movimentou 7,8 bilhões de euros em 2016. Segundo dados do Intracen/ONU, em 2016,o Brasil foi o nono maior exportador de mel do mundo, possuindo como principais compradores os Estados Unidos, a Bélgica, o Canadá, a Alemanha e o Reino Unido.
“Estamos hoje bem preparados muito diferente do que há dois anos. Os treinamentos nos dão segurança e podemos desenvolver melhor o nosso produto”, ressalta Edmilson Sousa. Para o mercado externo, o foco está em produtos prontos, envasados em embalagens de até 500 gramas.
De acordo com a analista do Sebrae/PE de Araripina, Rossana Webster, o projeto está na fase de fazer a legalização do apicultor e da Casa de Mel junto a Adagro e o Ministério da Agricultura. “Para este projeto piloto, o que falta é a adequação da estrutura, que é transformar a Casa de Mel em um entreposto. O projeto já está aprovado e vamos iniciar a obra. Acreditamos que no início do próximo estará tudo caminhando”, prevê.
Com a legalização, a expectativa é de que as vendas no mercado nacional também sejam ampliadas. “Hoje eles vendem o produto para os chamados atravessadores, a maioria do Piauí, Ceará e Santa Catarina. Lá, eles processam o produto, botam o rótulo e vendem como se fosse deles. O que acontece é que, dessa forma, o mel perde características importantes. Então, o nosso mel é muito mais saboroso. Legalizando podemos até aumentar a produtividade e a venda”.
Enquanto finaliza o projeto piloto, o Sebrae e a Agência de Desenvolvimento já caminham para uma segunda etapa, que é o registro da Casa de Mel de Moreilândia, um dos principais municípios produtores de mel do estado. “Queremos que eles vendam para as empresas nacionas e usem o entreposto de Araripina para também exportar”, diz.