Quem olha atentamente para o governo de Petrolina até pode ser enganado a pensar que tudo está bem. Mas, a conversa destoa quando vamos buscar a verdade que está escondida nas profundezas do silêncio. Sim, os vereadores de situação, tem um pacto de silêncio quando os assuntos são de ordens maiores em se tratando da governabilidade em um novo tempo.
Talvez o leitor pense que os vereadores de oposição em Petrolina , é que saíram perdendo neste ano que acaba. No entanto, em 2018, quem saiu mais ferido nos embates naquela Casa, foram os vereadores de situação. Eles (coitados), tiveram que aprovar forçadamente diversos projetos que não eram de interesse da sociedade, mas sim, do prefeito Miguel Coelho. Ponto para a oposição, que surfou nos erros cometidos pela bancada de situação.
Um dos projetos polêmicos que veio para Câmara e lacrou de vez a situação constrangedora que vivem os Edis de situação, foi o que dava direito ao prefeito gastar 40% do orçamento sem precisar de autorização dos vereadores.
Verdade seja dita, que eles, os situacionistas, bem que tentaram não votar o projeto, mas como dissemos, eles são forçados pela caneta forte do executivo. Como “garotos obedientes”, se prostraram ante a força governamental daquele que não gosta de ser contrariado, a saber : Miguel de Souza Leão Coelho.
É uma pena! Ver homens de bem, tendo que se dobrar, em detrimento das vontades autocentradas de uma pessoa que mal entrou no mundo politico, e faz o que bem entende por que tem pedigree,e a família é tradicional na politica do Vale do São Francisco. Certamente essa postura de servidão será analisada em um futuro próximo. Em se tratando de reeleição, muitos encontrarão dificuldade. Nem os líderes comunitários respeitam os vereadores, a ponto de em grupos de redes sociais,desprezarem o trabalho por eles realizados. Certamente Miguel Coelho massacrou os vereadores de situação, e os colocou na berlinda.
*Berlinda
A berlinda era composta por duas placas de metal ou madeira entrelaçadas por 3 orifícios: um onde ficava a cabeça da vítima e os outros 2 onde eram colocadas as mãos. As madeiras eram presas por um resistente cadeado e a pessoa colocada na berlinda não tinha a menor chance de escapar. Embora esse instrumento não fosse capaz de matar a vítima, tratava-se de um vergonhoso ato público: quando alguém era colocado na berlinda, o povo todo era avisado.