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Mineiros verão a batalha Dilma Rousseff x Aécio Neves

Imagem relacionadao transferir seu domicílio eleitoral para Minas Gerais, Estado de nascimento, a ex-presidente Dilma Rousseff deixou claro qual o propósito da decisão.

A petista afastada da presidência da República em outubro de 2016 irá concorrer ao Senado por Minas Gerais, e justamente no Estado mineiro, foi onde recebeu mais votos que o tucano Aécio Neves no segundo turno da eleição de 2014 e onde espera ter chances de se eleger mesmo após o impeachment.

A escolha de Minas é estratégica para o PT. A terra do inimigo Aécio é o terceiro maior colégio eleitoral do Brasil, com mais de 15 milhões de eleitores. Lá, Dilma obteve quase 6 milhões de votos (52,41% do total), o que assegurou sua reeleição. Aécio Neves, que avaliou mal suas chances no estado que governou por dois mandatos e do qual saiu com 92% de aprovação, sofreu dupla derrota em 2014, já que o candidato petista ao governo mineiro, Fernando Pimentel, se elegeu ainda no primeiro turno.

Ainda que as candidaturas de Dilma e Aécio em 2018 possam sugerir a ideia de um “terceiro turno” — o que não se concretizará caso o senador prefira concorrer à Câmara dos Deputados — o histórico dos adversários sugere uma grande batalha.

Dilma Rousseff afirma ter transferido seu domicílio eleitoral para ficar mais próxima da mãe, que vive em Belo Horizonte, mas a decisão de disputar uma vaga no Senado partiu de Lula e começou a ser desenhada em setembro do ano passado.

A candidatura de Dilma é possível graças a uma excrescência criada pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que orientou o desmembramento do processo de impeachment no Senado, permitindo que a ex-presidente cassada mantivesse seus direitos políticos.

O artigo 52 da Constituição Federal prevê a inegibilidade do presidente ou vice destituído do cargo por crime de responsabilidade. Dilma deveria ter ficado inelegível por oito anos, como o ex-presidente Fernando Collor. O mesmo Senado que manteve Dilma elegível também beneficiou Aécio. Citado por delatores da Lava Jato e flagrado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, da JBS, o senador foi afastado do exercício do mandato por uma decisão do Supremo Tribunal Federal.

Contrariando o Supremo, senadores se uniram para defender Aécio. Até a executiva nacional do PT afirmou que a decisão era “esdrúxula” e sem fundamento constitucional. Até agora, Aécio não confirmou se concorrerá à reeleição ou se tentará uma vaga na Câmara dos Deputados. É esperar para ver o que acontecerá.

Com IstoÉ

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