Padre Quevedo era famoso pelo bordão “isso non ecziste” Foto: Tonyaxl
Padre Quevedo, jesuíta espanhol radicado no Brasil, morreu na madrugada desta quarta-feira (9) aos 88 anos, em Belo Horizonte (MG). Segundo a Companhia de Jesus do Brasil, de Minas Gerais, o religioso morreu por problemas cardíacos.
Quevedo estava na casa de repouso dos jesuítas, na capital mineira, quando foi encontrado sem vida. O enterro será nesta quinta (10) no Cemitério Bosque da Esperança a partir das 11h. De acordo com a organização, as cerimônias serão reservadas para familiares, amigos e religiosos.
Oscar González Quevedo nasceu na Espanha e era filho de um deputado tradicionalista de Madri. Após a prisão e fuzilamento de seu pai, Quevedo precisou fugir com a família por conta da perseguição política, o que os levou à ilha de Gibraltar.
Mais tarde, veio morar no Brasil para continuar seus estudos e escolheu a cidade de São Paulo por conta da Faculdade Anchieta, ligada a uma comunidade jesuíta. No país, ele atuou como professor universitário de parapsicologia no Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) e no Centro Latino-Americano de Parapsicologia (CLAP), onde também foi diretor. Em 2012, padre Quevedo foi para a casa de repouso dos jesuítas, em Belo Horizonte.
Referência na área, o religioso se dedicou a várias obras literárias sobre parapsicologia -entre as suas obras mais importantes, estão “O que é parapsicologia”, “A Face Oculta da Mente” e “As Forças Físicas da Mente”.
Famosos por seu bordão “isso non ecziste”, Quevedo se tornou conhecido por rechaçar pessoas que se declaravam paranormais e se dedicou a ações que tinham como objetivos desmascarar falsos curandeiros e médiuns, além de explicar fenômenos que eram considerados sobrenaturais.
Por isso, acabou ganhando fama e foi parar em programas de televisão como “Fantástico”, onde apresentou um quadro chamado “Padre Quevedo, Caçador de Enigmas”, que tinha justamente o intuito de desmarcara charlatões e desvendar histórias até então inexplicáveis. A atração era apresentada por Cid Moreira, que anunciava: “esse é um caso para o Padre Quevedo”. Teve passagens também por programas como “Programa do Ratinho”, “Superpop” e “Domingo Legal”.