Política
“Ninguém quer ver seu filho homem indo para a escola e voltando menininha”, diz Eduardo Bolsonaro
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL/SP) acha que a eleição de Lula em 2022 pode representar o risco do retorno de uma ditadura ao país – é a mesma crítica que os opositores fazem ao pai dele, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que será candidato à reeleição num pleito que, pelo cenário atual, deve ser polarizado entre o bolsonarismo e o lulismo. “Se estão reclamando de desmandos de alguns tribunais, esperem; porque se Lula for eleito vão ver realmente o que é uma ditadura”, afirma o deputado, em entrevista a este Política Livre.
Ele ressalta ainda que o objetivo do presidente Jair Bolsonaro é eleger uma bancada expressiva no Congresso Nacional, notadamente no Senado. “É o Senado que faz os freios e contrapesos com o STF. Está nas mãos do senadores pautar um pedido de impeachment desses ministros que, há muito, não julgam mais dentro do limite das quatro linhas da Constituição”, disse o parlamentar.
Ele também comenta que as recentes declarações do ex-presidente Lula sobre aborto e pautas da família, sem filtros, tornam a eleição mais democrática, pois, segundo avalia, o eleitor terá certeza sobre em quem votará. “Estou adorando porque o Lula está sendo sincero, ele não está se maquiando, não está sendo mais o Lulinha “paz e amor” para mudar o voto (do eleitor)”, declara nesta entrevista, realizada na última segunda-feira (18), em Salvador, antes da concessão da graça presidencial ao deputado Daniel Silveira (PTB/RJ).
Confira a entrevista:
Política Livre – Essa eleição que se aproxima, segundo o presidente, definirá a manutenção da liberdade dos brasileiros. O senhor vê esse risco à liberdade, à democracia em caso de uma vitória do candidato do PT? O que justificaria esse receio?
Eduardo Bolsonaro – O Brasil é um país privilegiado. A gente nem precisa sofrer para saber como vai ficar o Brasil caso o presidente Bolsonaro não seja eleito. Eu falo isso porque os opositores dele são muito parecidos: todos eles são contra o armamento da população civil, mas nada falam da arma do bandido que está todo dia cometendo latrocínio, sequestro, enfim… todos eles querem fazer intervenções na economia, fixar preços, se for o caso, estatizar empresas – que é o que aconteceu na Venezuela. Todos eles são a favor de um rigoroso controle do Estado durante a pandemia, tal qual ocorreu na Argentina. Aí é só pegar e comparar, ver como está a Argentina hoje, com desabastecimento de combustível; a Venezuela, com estatísticas anuais de emagrecimento da população porque sofre de fome – é a maior crise migratória na história da América Latina – e aí você vê quem quer trazer isso para o Brasil: é o Lula e seus amigos. E quem fez resistência, quem vai na mão contrária disso tudo? Quem é a favor de Deus, da família, do armamento para que a pessoa faça legítima defesa, do produtor rural, que incentiva os caminhoneiros? É o presidente Bolsonaro. Então se o presidente Bolsonaro não for eleito, teremos o caminho asfaltado para uma ditadura.
Mas quem é acusado de desrespeitar as instituições e manifestar desejos ditatoriais, defender golpe e torturadores é o governo Bolsonaro …
Se estão reclamando de desmandos de alguns tribunais, esperem; porque se Lula for eleito vão ver realmente o que é uma ditadura.
O ministro Luís Roberto Barroso fez recentemente um discurso de opositor em um evento nos Estados Unidos. O que vocês esperam, diante disso, do comportamento do TSE e de outros tribunais superiores nas eleições desse ano?
Certamente não são tempos normais. O próprio ministro Marco Aurélio Melo tem uma frase emblemática que diz que estamos vivendo tempos estranhos. Essa mentalidade progressista, esquerdista e socialista do ministro Barroso – de achar que a sociedade perfeita e ideal está na sua cabeça e querer empurrar isso goela abaixo da sociedade – isso conflita com o sistema democrático. O Brasil não pode ser uma terra onde decide um e 210 milhões seguem. É preciso haver debate e pluralidade de ideias e, acima de tudo, se quisermos viver em harmonia, o respeito à Constituição. Tem coisa lá que eu não gosto, mas a gente precisa respeitar se a gente quiser viver nessa sociedade. O ministro Barroso precisa ser puxado para dentro das quatro linhas da Constituição. Não sei qual vai ser o futuro disso – mas acho que o Barroso vai concordar comigo – e ninguém vai aceitar eleição fraudada.
Nessa eleição de agora, a prioridade do presidente é realmente eleger uma base forte no Congresso, deixando de lado as candidaturas a governador?
Eu acho que a prioridade é o Congresso, e a prioridade principal, dentro dessa prioridade, seria a do Senado. Por quê? É o Senado que faz os freios e contrapesos com o STF. Está nas mãos do senadores pautar um pedido de impeachment desses ministros que, há muito, não julgam mais dentro do limite das quatro linhas da Constituição. Graças a Deus, é uma minoria de ministros do STF. Então não vai escapar nessa eleição de os eleitores perguntarem aos candidatos ao Senado se eles seriam contra ou a favor do impeachment de determinados ministros do STF.
O ex-presidente Lula atacou recentemente a pauta da família, dizendo que é uma bandeira antiquada, defendeu a descriminalização do aborto, etc. Essa pauta dos costumes, da moralidade, considerando que a sociedade brasileira é majoritariamente cristã, pode decidir esse pleito?
Com certeza. Ninguém quer ver seu filho indo para a escola e voltando menininha. Nem uma menininha indo para a escola e voltando um machão. A criança não tem possibilidade de discernimento para decidir o que é melhor para ela. Por isso que ela precisa do auxílio de seus pais; então a família é necessária para um crescimento saudável da criança. Não é uma pauta secundária. Essa pauta dos valores, contra a ideologia de gênero, contra o aborto, que defende a família, que defende a fé cristã – o Lula continua apoiando o vereador de Curitiba que invadiu igreja; isso está virando moda no Brasil. Então tudo isso aí vai pesar muito nessa campanha, e estou adorando porque o Lula está sendo sincero, ele não está se maquiando, não está sendo mais o Lulinha “paz e amor” para mudar o voto. Isso é bom para a democracia, para a população ter certeza de saber em quem ela está votando: Lula é a favor do aborto, é contra a família, é contra a fé cristã, acha absurdo um presidente que vai ao STF para rezar o Pai Nosso, falou que vai confiscar armas de quem as comprou durante o governo Bolsonaro, falou que vai demitir militares, que tem que reduzir o consumo da classe média, que é absurdo alguém ter mais que uma televisão em casa. É disso que a gente está falando, de um modelo socialista que intervém na família, que controla o mercado privado, e o modelo liberal [na economia] do Jair Bolsonaro, com valores conservadores.
Davi Lemos
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