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No lugar dos comícios, as lives…

Além de ser a nossa eleição cobaia, por não permitir mais as coligações proporcionais, o novo normal provocado pela pandemia do coronavírus fará marketeiros e políticos que vão concorrer ao pleito de novembro bolarem novas estratégias para chegar àqueles que ainda respeitam o isolamento social como forma de prevenção.

Aquele candidato que não tiver ao mínimo um perfil simplório nas principais redes sociais ou que tenha aliados antenados na internet começará a campanha, nos próximos dias, muito longe da reta de chegada do que aqueles que investiram na presença virtual.

Além de ser a nossa eleição cobaia, por não permitir mais as coligações proporcionais, o novo normal provocado pela pandemia do coronavírus fará marketeiros e políticos que vão concorrer ao pleito de novembro bolarem novas estratégias para chegar àqueles que ainda respeitam o isolamento social como forma de prevenção.

A campanha eleitoral, definitivamente, é maior que a pandemia. Ouço relatos, vejo fotos e vídeos que recebo das mais diversas cidades do interior da Bahia que narram ou mostram os candidatos na rua. Certa vez havia dito que no clima de pandemia, só quem está no poder consegue ter vantagem por colocar em prática o trabalho essencial e institucional, mas grupos opositores estão nas ruas, visitam o povo, estão nas feiras, nos açougues, lojas, igrejas. Alguns de máscaras, outros não, mas sempre formam aglomeração.

Quem vê, acha até que a pandemia acabou. Mas, pelo contrário, se alastra pelos interiores. Quem respira eleição de grandes cidades, como Salvador e Feira de Santana, não sabe do clima de um município interiorano em tempos eleitorais. É o momento de diversão, de comício, de carreata, de apostas, não se fala outra coisa na cidade a não ser de partidos, chapas, candidatos e repercussões de fatos da campanha. Dessa vez, tudo tende a ser mais frio, distante. Espera-se, pois até a ida às urnas foi empurrada para novembro.

Se antes a contagem era do número de pessoas em comícios e carreatas, agora passa a ser o de seguidores nos perfis, likes em postagens e visualizações de vídeos em entrevistas. As lives vão ser badaladas. Os grupos de WhatsApp ganharam ainda mais força e, por isso, o combate às Fake News deve ser ainda mais rigoroso. A campanha eleitoral no rádio será ainda mais preciosa. O corpo a corpo, por mais que aconteça, ou já tenha começado como relatei, creio, não será forte como antes.

A comunicação será decisiva como nunca antes. As redes sociais e os meios tradicionais vão fazer chegar a campanha naqueles que não estão colocando a cara para fora da rua.

Gilberto Gil, que já fez uma canção sobre os primórdios da web, recentemente no seu OK OK Ok lançou uma nova versão da música: Pela Internet 2. Em determinado trecho nos canta assim: Eu tô preso na rede / Que nem peixe pescado / É zap-zap, é like / É Instagram, é tudo muito bem bolado // O pensamento é nuvem / O movimento é drone / O monge no convento / Aguarda o advento de Deus pelo iphone.

Dito e certo. Reflita.

Se até as igrejas, que antes só se apoderavam das mídias tradicionais (que se fortaleceram com a pandemia) povoam agora uma área que para elas era só mato, os políticos, que já começaram a desbravar essas plataformas, precisam avançar ainda mais para conseguirem êxito no essencial: chegar no eleitor.

 

Por Vitor Pinto/BNews

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6 pensamentos “No lugar dos comícios, as lives…”

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