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O que Haddad e Bolsonaro prometem para o Nordeste?

Com 51% dos votos válidos, o candidato petista teve no Nordeste sua única vitória entre as regiões brasileiras. O pesselista fechou com 26%.

Fator decisivo para levar a eleição presidencial para o segundo turno, que será realizado em 28 de outubro, o Nordeste recebe pouca atenção nos planos de governo de Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). Com 51% dos votos válidos, o candidato petista teve no Nordeste sua única vitória entre as regiões brasileiras. O pesselista fechou com 26%. Nas capitais, no entanto, cinco registraram mais votos para o capitão reformado (Recife, Natal, Maceió, Aracaju e João Pessoa) e três para o ex-prefeito de São Paulo (Salvador, São Luís e Teresina). Em Fortaleza, a vitória foi de Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado no primeiro turno.

No plano de governo de Haddad, a palavra “Nordeste” aparece uma única vez no parágrafo que discorre sobre o Plano Nacional de Redução de Homicídios. De acordo com o texto, boa parte das ocorrências de homicídios no País – que supera a marca de 63,8 mil por ano – acontecem nas capitais do Nordeste e do Norte, especialmente com uso de arma de fogo. O projeto pretende uma “redução expressa” no número de mortes violentas no Brasil.

 

Em um eventual governo Haddad, serão adotadas políticas entre vários setores que deem qualidade a serviços públicos em territórios vulneráveis. Os grupos formados por crianças, jovens, negros, mulheres e população LGBTI+ e, prioritariamente, a juventude negra que vive nas periferias e são vítimas de um “verdadeiro extermínio”, receberão mais atenção das políticas públicas.

O petista também fala sobre aumentar significativamente o esclarecimento da autoria dos casos de homicídios e latrocínios. Haddad ainda promete a retomada da revitalização de bacias hidrográficas como a do rio São Francisco, que é “uma prioridade de integração nacional”. O programa de construção de cisternas, afirma o plano do petista, será ampliado.

Já o plano de governo de Bolsonaro cita a região como uma “potência energética” ao apresentar soluções para os problemas de energia do Brasil. “Com Sol, vento e mão de obra, o Nordeste pode se tornar a base de uma nova matriz energética limpa, renovável e democrática”, diz o texto. Segundo o projeto do candidato de extrema-direita, toda a cadeia produtiva relacionada à produção da energia eólica será expandida. Também serão feitas parcerias com universidades locais para desenvolvimento de novas tecnologias. Na segunda-feira (8), Bolsonaroagradeceu a votação no Nordeste em uma publicação em sua página no Twitter.

O petista celebrou o dia do nordestino e também agradeceu a região. Após o resultado do primeiro turno, o Nordeste e o povo nordestino foram alvos de ataques xenofóbicos e agradecimentos nas redes sociais. Com uma parcela de mais de 39 milhões de eleitores aptos a votar, a segunda maior região do Brasil deve ser mais uma vez rota frequente dos presidenciáveis na campanha em busca da vitória no segundo turno. Com Folhape

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