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Paulo abre 10 pontos e nome do PT, agora, é Haddad

O socialista tem 35% (tinha 30%), seguido pelo petebista que pontua 25% (tinha 24%)

Na segunda rodada da pesquisa de intenção de voto, realizada pelo Ipespe em parceria com a Folha de Pernambuco, o governador Paulo Câmara aparece com 10 pontos de vantagem sobre o senador Armando Monteiro Neto, com quem o socialista polariza na corrida pelo Campo das Princesas, uma vez que os demais candidatos somados representam menos de 10% das intenções de voto.

A amostra apresenta Paulo Câmara com 35% (tinha 30%), seguido pelo petebista que pontua 25% (tinha 24%). O candidato da Rede Sustentabilidade, Júlio Lóssio, figura com 2% (tinha 4%), Maurício Rands tem 2% (tinha 4%). Marcam 1%: Ana Patrícia (não foi mencionada na primeira rodada, porque ainda não figurava como candidata), Dani Portela (tinha 3%) e Simone Fontana (tinha 2%).

A pesquisa, registrada no TSE (BR-05453/2018) e no TRE (PE-05575/2018), foi a campo entre os dias 6 e 8 deste mês e tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais. Antes mesmo que o PSB formalizasse a posição de neutralidade na corrida presidencial, Paulo Câmara já havia declarado voto em Lula. Em Pernambuco, o ex-presidente – impedido de concorrer pela Justiça Eleitoral – alcança 60% das intenções de votos.

Hoje, Paulo figura como o candidato oficial do líder-mor do PT no Estado, embora Armando também declarasse apoio ao petista. No entanto, diante da proibição da Justiça, o PT, após esticar a corda e tentar estender a permanência de Lula na condição de candidato, o substituiu, ontem, formalmente por Fernando Haddad na cabeça da chapa, que terá Manuela D’ Ávila como vice. Embora repisasse seu apoio a Lula, Armando Monteiro já deixou claro não ter compromisso com o ex-prefeito de São Paulo.

A saída de Lula do páreo, consolidada ontem pela executiva nacional do PT, pode dar contornos mais reais à disputa pelo Planalto e acarretar, na esteira, reflexos no cenário pernambucano.

Questão de estratégia
Nos bastidores da oposição, um parlamentar avalia, em reserva, que “as contradições da aliança da Frente Popular precisavam ser exibidas”, mas pondera que “isso poderia ter se dado no guia de Bruno Araújo e não no de Mendonça Filho”.

Recálculo 1 > O parlamentar se refere às críticas disparadas pelo democrata contra o adversário e candidato ao Senado, Jarbas Vasconcelos, em seu horário eleitoral. O aliado de Mendonça avalia que, como Bruno já havia assumido a dianteira nos ataques ao emedebista, o papel de levar ao guia eleitoral, o assunto, poderia ter sido mantido com ele.

Recálculo 2 > O cálculo se dá sob o argumento de que “quem tem que se explicar por se aliar ao PT é Jarbas”. O deputado adverte, entretanto, que “Mendonça Filho foi vice-governador do emedebista, que o escolheu para sucessão, abrindo trincheira com Sérgio Guerra na época”.

Imprensado > O mesmo parlamentar prossegue na análise: “Mendonça acabou ficando em situação delicada”. O democrata foi tachado de “ingrato” por Raul Henry.

Nova… > Bruno Araújo, na sua propaganda que foi ao ar, ontem, foi o primeiro candidato pernambucano ao Senado a mirar Fernando Haddad. No programa, ele afirma o seguinte: “Da cadeia, Lula brinca de ser candidato mas é ficha suja. Vai indicar uma nova Dilma para presidente”.

…Dilma > Bruno, estampando fotografia na qual Humberto Costa e Jarbas Vasconcelos seguram bandeira do PT, prossegue: “Aqui, em Pernambuco, tem gente que usa o nome de Lula para tentar chegar ao Senado. Eu uso a coerência de quem combate os desmandos do PT”.

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