Quando Petrolina só tinha a feira do bairro Atrás da banca e a feira de Areia Branca, era uma festa os dias das compras. Ainda criança , me lembro que apesar de não ser aquele luxo , as feiras eram lugares mágicos. Não tinha tanta fiscalização como agora, e encontrávamos frutas e verduras que hoje pouco se vê. Mas revivendo a minha memória afetiva, descobri que falta algo. E a minha pergunta nessa matéria é só uma : Cadê a minha melancia Crioula? Ela sumiu das feiras! Os mais velhos com certeza se lembram desse fruto maravilhoso, de sabor único. Aos montes esse tipo de melancia era vendida nas feiras livres.
O plantio de melancias crioulas é uma tradição das pequenas propriedades rurais no semiárido brasileiro, e que são próprias para o consumo das famílias dos agricultores.
Hoje, em qualquer feira de Petrolina, o tipo mais comum de melancia é a Crimsom, aquela redonda e mais comum no mercado. A melancia Crioula é artigo de luxo, pouco se vê . Sinto falta daquele sabor inigualável, único. A culpa disso é o mercado exigente e imediatista, que vê nas sementes modificadas, a solução para a celeridade que o mercado cobra.
Cadê a minha melancia Crioula? Ela sumiu das feiras!
