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Sexy, agressivo, emotivo? Estudo identifica efeito de cada tipo de bebida alcoólica

Dedos com desenhos de carinha de feliz e triste perto de uma taça de vinhoUma pesquisa feita em 21 países, entre eles o Brasil, indica que os efeitos do álcool no comportamento variam de acordo com o tipo de bebida consumida. Cerveja e vinho normalmente relaxam. Já os destilados podem fazer a pessoa se sentir mais agressiva, sexy ou emotiva.Para esse estudo, divulgado na publicação acadêmica de medicina BMJ Open, foram entrevistadas cerca de 30 mil indivíduos com idade entre 18 e 34 anos.

Com o tempo, as pessoas adquirem tolerância ao álcool e podem acabar bebendo mais para sentir os mesmos “efeitos positivos”, avaliam os cientistas. Mas o aumento no consumo também atrai os efeitos negativos, explica o professor e pesquisador britânico Mark Bellis.

Se comparado a outros tipos de bebidas, o consumo de destilados – como tequila, rum e gim, por exemplo – está mais associado a comportamentos agressivos, mal-estar, inquietação e choro.

A pesquisa também indica que:

– Vinho tinto faz as pessoas se sentirem mais letárgicas que vinho branco;

– Beber cerveja e vinho tinto relaxa mais;

– Mais de 40% dos entrevistados disseram que beber destilados os fazem se sentir sexy;

– Mais da metade dos que bebem destilados se sentem energéticos e confiantes, mas um terço se percebe agressivo quando consome esse tipo de bebida;

– Homens são mais propensos que mulheres a apresentarem comportamento agressivo com todos os tipos de álcool, em especial os que bebem mais.

Brasil

No Brasil, o governo federal estabeleceu um novo modelo de tributação para vinhos, espumantes, uísques, vodcas, cachaças, licores, sidras, aguardentes, gim, vermutes e outros destilados, aplicado desde dezembro de 2015. O principal objetivo da medida, contudo, era aumentar a arrecadação.

O mais recente estudo da OMS sobre a ingestão de álcool no país, publicado em 2014, detectou uma queda no consumo per capita entre os anos de 2003 e 2010 (de 9,8 para 8,7 litros). Mas o volume está acima da média mundial, de 6,5 litros per capita, e mais do que dobrou desde 1985, quando o índice era inferior a quatro litros.

A OMS coloca o Brasil no 53º lugar em um ranking de 191 países – liderado por nações do Leste Europeu, sendo Belarus e Moldova os dois primeiros colocados.

Já o último Levantamento Nacional de Álcool de Drogas da Universidade Federal de São Paulo, baseado em pesquisas em 143 municípios de todo o país, também divulgado pela última vez em 2014, mostrou que quase quatro em cada 10 brasileiros bebem pelo menos cinco doses de bebida em uma mesma ocasião, em um intervalo de duas horas.

Segundo o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2013 foram contabilizadas mais de 313 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) decorrentes do alcoolismo. São gastos, em média, cerca de R$ 60 milhões por ano com pessoas dependentes do álcool.

Por Cauby Fernandes

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