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Temer puxará orelhas de aliados que votaram contra PEC 241

 

images-3O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta terça-feira (11) que o presidente Michel Temer vai fazer uma “DR” (discutir a relação) com os parlamentares da base aliada que não votaram a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 de 2016.

Segundo Padilha, Temer e o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso, vão conversar com os deputados.

O plenário da Câmara aprovou, por 366 votos a 111 e duas abstenções, a PEC 241/16 que fixa um teto para os gastos públicos por 20 anos. O texto foi aprovado em primeiro turno na segunda-feira (10) à noite e precisa passar por nova votação no plenário.

“O presidente Michel Temer disse que haverá uma DR com quem não teve condições de acompanhar o governo ontem. E é óbvio que sempre se faz a base do governo com aliados. Quem circunstancialmente tem dificuldade de ser aliado, por óbvio que o governo não o prende na base sustentação. Mas essa é uma questão que o presidente mesmo vai tratar”, afirmou Padilha, em entrevista à imprensa, no Palácio do Planalto.

Padilha disse que foi o ministro Geddel quem sugeriu ao presidente Temer conversar com os deputados da base alidada para ter explicações sobre os motivos de não terem votado a favor da PEC. “Depois que acontecer essa conversa é que o governo poderá então se posicionar de forma mais objetiva caso a caso”.

Perguntado como o governo vai fazer para evitar traições na votação em segundo turno da PEC 241 na Câmara, Padilha disse que não houve “traição”. “Traição é uma expressão que quer me parecer que vilipendia, diminui a relação dos parlamentares com as suas bases. Se formos ouvir os parlamentares que circunstancialmente não votaram junto ao governo, sendo de um dos partidos da base de sustentação, ele terá uma explicação. O governo é que terá que avaliar. Eu não reputo como traição”, afirmou.

Padilha acredita que o governo pode conseguir mais votos para a PEC 241 em segundo turno. “A tendência que é a gente aumente [no segundo turno]. Mas a gente tem que medir isso muito próximo do dia da votação, O que nós precisamos é dos 308 votos para garantir que o Brasil vai tratar com responsabilidade o dinheiro da cidadania”, afirmou o ministro.

Após a aprovação em primeiro turno da PEC 241, Michel Temer defendeu que a medida traz credibilidade à economia brasileira, mas ponderou que ainda são necessários outros ajustes às contas do País.

Para o presidente, o resultado da votação em primeiro turno “tem gerado, desde a noite de ontem, uma credibilidade cada vez maior na nossa economia. Não foram poucas as manifestações que, hoje pela manhã, eu li e ouvi, não só de natureza nacional, mas internacional, para revelar que o Brasil é um País sério e que leva a sério as contas públicas”.

Temer ressaltou, por outro lado, que ainda serão necessários outros “sacrifícios”, que dependerão da colaboração de todos. As afirmações foram feitas nesta terça-feira (11) durante evento de assinatura de um acordo de cooperação técnica para compartilhamento de informações com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

* Com informações da Agência Brasil

Fonte: Último Segundo 

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