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Encontro gigante, porém, manifestantes se decepcionam com discurso de Bolsonaro no DF

Parte dos manifestantes se decepcionaram por Bolsonaro não ordenar invasão ao STF

A militância bolsonarista mais agitada na manhã desta terça-feira, 7, que esperava por um comando direto do presidente da República, Jair Bolsonaro, para invadir o Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou sinais de decepção após o discurso presidencial. No pronunciamento, Bolsonaro dirigiu suas críticas, sem citá-lo, ao ministro Alexandre de Moraes, que investiga o presidente e seguidores em inquérito das fake news.

Entretanto, durante a fala o presidente da República disse que não queria ruptura e nem conflito com os demais poderes. Localizados próximos ao Palácio do Itamaraty, um grupo de manifestantes passou parte da manhã aliciando caminhoneiros para que tentassem furar o bloqueio policial que impedia o acesso ao STF.

Esse mesmo grupo demonstrou desapontamento.

Encontro gigante

A ideia dos organizadores das manifestações em favor do governo era dar uma demonstração de força num momento de fragilidade. Se apenas os números de Brasília forem levados em consideração, a estratégia foi bem-sucedida. As estimativas, como sempre, variam conforme o observador, mas o fato é que desde o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016,um ato político não reunia tanta gente na capital. A Polícia Militar não divulgou estimativas oficiais.

Segundo o tenente-coronel Souza Júnior, que comandou as operações, 400.000 pessoas compareceram na manhã desta terça-feira na Esplanada dos Ministérios.

Para se contrapor aos bolsonaristas, a oposição convocou um ato para o mesmo horário, numa praça que fica a cerca de 2 quilômetros da Esplanada. Se o objetivo era rivalizar em número, foi um fracasso.

Não mais de 400 pessoas haviam comparecido ao ato, que contou com o apoio do PT, do PSOL, da CUT, do MST e do PCO. Os poucos manifestantes que apareceram até o início da tarde se limitaram a defender  bandeira contra a privatização, animar os presentes com uma batucada e proferir gritos de “Bolsonaro genocida”.

Ao final das manifestações, os dois grupos voltaram a se estranhar na altura da Torre de TV. Bolsonaristas bradavam “Lula ladrão, seu lugar é na prisão!” e “mito” com o auxílio de estridentes cornetas, enquanto os esquerdistas retribuíam com gritos de “milicianos” e “fascistas”. Um grupo de 20 PMs logo se deslocou para formar um cordão humano entre os grupos, impedindo que as agressões verbais evoluíssem para a violência física.

 

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