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Em alta nas pesquisas, Fernando Haddad (PT) é entrevistado no “Jornal da Globo”

Candidato do PT nas  eleições  presidenciais, Fernando Haddad foi o sabatinado desta quarta-feira (19) no “Jornal da Globo”. Em alta nas pesquisas desde que foi confirmado como candidato de seu partido, o ex-prefeito de São Paulo fugiu das perguntas mais polêmicas, não falou dos adversários e se focou na apresentação de sua plataforma.

Entrevistado pela jornalista Renata Lo Prete, Haddad falou sobre reforma bancária, planos para a economia e segurança pública. Ele também defendeu o ex-presidente Lula, condenado por lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato.

A entrevista de Fernando Haddad

A jornalista iniciou a sabatina perguntado sobre os planos do candidato para a economia. O petista falou em uma reforma no sistema bancário, e ainda criticou a proposta de Ciro Gomes de tirar o nome dos brasileiros do SPC. “As pessoas vão se endividar de novo no ano que vem. É preciso combater o problema e não apenas o sintoma”, explicou. Ele ainda prometeu rever medidas como a reforma trabalhista e PEC do teto de gastos.

A segunda pauta abordada foi segurança pública. O petista propôs um sistema único de segurança no país. “Temos o Sistema Único de Saúde, temos um sistema educacional federal. Não existe motivo para não nacionalizarmos a segurança. Precisamos redistribuir as responsabilidades”, disse. “Os governos estaduais e prefeituras devem cuidar de homicídios, que estão assolando a população”, completou.

Sobre sua escalada nas pesquisas se dever à indicação do ex-presidente Lula, o ex-prefeito de São Paulo minimizou. “Eu lamento que ele não possa disputar as eleições. Mas a nossa candidura é fote”. Ele ainda confirmou que não dará indulto ao ex-presidente. “Ele quer que os tribunais reconheçam sua inocência”, afirmou.

Sobre corrupção, o candidato criticou as medidas do governo de Michel Temer que, segundo ele, enfraquecem o combate à corrupção. “Nós faremos mecanismos de controle à partir de 1º de janeiro”, prometeu. Sobre as críticas do PT ao sistema judicionário a Lava Jato, Haddad disse que  Lula  era uma vítima, mas reafirmou seu compromisso de fortalecer o combate à corrupção.

Questionado pela jornalista sobre processos contra José Dirceu, João Vaccari Neto e outros petistas, o candidato se esquivou, afirmando que não havia lido os processos, mas disse que considerava algumas penas “exageradas”. “Me parece que, em alguns casos, o tratamento tem sido distinto”, afirmou, citando um processo contra o ex-governador de São Paulo José Serra, que foi arquivado recentemente.

Na última pergunta da noite, a jornalista questionou o candidato sobre os recentes elogios do PT ao regime venezuelano. “O papel do Brasil é ser mediador dos conflitos. A oposição de lá não aceita o resultado das urnas. Não devemos tomar partido e precisamos respeitar a soberania nacional”, esquivou-se. A apresentadora insistiu, dizendo que não havia perguntado sobre o papel brasileiro, mas sobre os elogios petistas ao governo Maduro, e Haddad reconheceu que “as coisas não andam bem por lá”.

 

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