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Eles querem o governo da Bahia: conheça os candidatos ao Palácio de Ondina

Com o correio da Bahia

Veja as prioridades dos seis candidatos que vão tentar conquistar o governo da Bahia

A sorte está lançada. Os seis postulantes ao governo da Bahia se apresentaram oficialmente à população baiana nos últimos dez dias, no período das convenções partidárias, e já retiraram o “pré” que antecedia as suas candidaturas. O momento agora é de correr o estado e tentar convencer o eleitor de que é a melhor opção de inquilino para o Palácio de Ondina pelos próximos quatro anos.

E se o objetivo é convencer o eleitor de que se trata do melhor nome para o governo, os candidatos precisam prestar bastante atenção ao tripé básico das atribuições do estado: Saúde, Educação e Segurança. Não necessariamente nesta ordem.

O CORREIO perguntou à sua audiência no decorrer da última semana qual deveria ser o primeiro ato do próximo governador, aquele objetivo que deveria ser buscado pelo próximo gestor público estadual a partir do dia 1º de janeiro de 2019.

Segurança pública
Apesar de se tratar de uma enquete, sem precisão estatística, o resultado apontado em pouco mais de cem votos, indica que é a segurança pública, ou a falta dela, a prioridade que a população espera do próximo governante.

Quase metade dos participantes (43,1%) defenderam a necessidade de uma atuação prioritária do estado na segurança. Em seguida, vieram Educação e Saúde, que mesmo em tempos de desemprego em alta conseguiram superar em prioridade a geração de Emprego e Renda e os investimentos na melhoria da Infraestrutura, entre outras áreas que estavam disponíveis para escolha.

O CORREIO também perguntou aos candidatos qual deverá ser a prioridade de atuação deles, caso eleitos. Todos frisaram o compromisso com as mais diversas áreas sob o “guarda-chuva” de atribuições do governo estadual, mas diante da insistência da reportagem para que apontassem uma em particular, cinco toparam o desafio de apontar a grande prioridade. Um dos candidatos destacou a necessidade de uma atuação intensiva na área de Segurança e os outros quatro destacaram a necessidade de retomar o desenvolvimento econômico da Bahia, com foco na geração de emprego e renda.

Desta vez, estão na disputa o atual governador Rui Costa (PT), que tenta ser reconduzido ao cargo, o ex-prefeito de Feira de Santana, Zé Ronaldo (DEM), o ex-ministro da Integração Nacional João Santana (MDB), o ex-prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PRTB), a ex-vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento (Rede), e o ambientalista Marcos Mendes.

O funcionário público e sindicalista Marcos Maurício, escolhido pelo PSDC como candidato ao governo da Bahia, retirou neste sábado (4) a candidatura ao governo. Esta seria a primeira vez que o candidato tentaria chegar ao Palácio de Ondina.

Qual é a prioridade
Diante da dificuldade para apontar a sua grande prioridade, João Henrique argumentou que os problemas da Bahia são “muitos e simultâneos”. Por isso, explicou, prefere tratar de um conjunto ações. “As necessidades são simultâneas e em linha horizontal. Eu prefiro eleger um conjunto de prioridades, mas se precisar citar apenas uma, destacarei a busca pelo pleno emprego”, respondeu.

João Santana pretende investir na retomada da economia baiana, com foco na ativação de dois grandes setores. O primeiro é a agricultura e o segundo é o turismo. “O índice de desemprego em nossa Bahia chegou a um patamar que o grande trabalho a ser feito pelo próximo governador será o de reiventar o emprego”, destacou.

Célia Sacramento acredita que o investimento em bons projetos de irrigação podem ajudar no desenvolvimento agrícola da Bahia e consequentemente gerar emprego e renda. Nas cidades, a candidata defende a necessidade de estimular o desenvolvimento das micro e pequenas empresas. “O estado tem mecanismos fiscais para estimular as pequenas empresas. Faltam políticas públicas”, acredita.

Focado na redução das desigualdades, Marcos Mendes explica que a sua grande prioridade será a ativação da economia para gerar mais emprego e renda. “Nós estamos ali entre a sexta e a sétima economia nacional e figuramos como o 22º estado em desenvolvimento humano. É inaceitável”, diz.

Zé Ronaldo promete uma atuação marcante na área de Segurança, para ele o mais grave problema vivenciado pelos baianos atualmente. “É inacreditável, mas em muitas cidades do interior são disponibilizados apenas 5 litros de gasolina por dia para que as viaturas façam o policiamento”, destaca.

Rui Costa falou sobre a necessidade de o estado continuar se desenvolvendo nas áreas Econômica, de Saúde e de Educação. “Vamos manter esse ritmo de trabalho e priorizar ações para a população de baixa renda”, ressaltou o candidato à reeleição.

Conheça os candidatos

João Santana

MDB  
Membro do mesmo partido há mais de 50 anos, João Santana viu o MDB se tornar PMDB e, recentemente, voltar ao antigo nome. Com a vida dedicada ao partido, gosta de brincar sobre o tempo de casa: “Fui fundador do MDB Jovem”, diz aos risos. Ex-ministro da Integração Nacional, cumpre uma missão partidária nesta eleição. “Estava lá quieto no meu canto, me pediram para ser candidato pelo meu partido e eu resolvi aceitar”, conta.

João Reis Santana Filho, natural da cidade de Nazaré das Farinhas, conhece o interior baiano. Residiu também em Irará, sua origem familiar, e Jequié, onde morou por 23 anos. Militou na política estudantil pelo antigo PCB – Partido Comunista Brasileiro, sendo presidente nacional da União Nacional dos Estudantes Técnicos Industriais, antes de entrar na clandestinidade, durante a Ditadura Militar.

Lavrador e professor, é formado em Eletricidade pela Escola de Engenharia Eletromecânica da Bahia, onde também lecionou Medidas Elétricas.

No Ministério da Integração Nacional, ocupou o cargo de Secretário Nacional de Infraestrutura Hídrica e Secretário Executivo, passando a ser ministro em 2010, no lugar do companheiro de partido Geddel Vieira Lima.

“A Bahia é um estado agrícola. Eu vou trabalhar a economia do estado recuperando lavouras que estão abandonas e diversificando as que estão bem. Há quarenta anos que eu venho defendendo a necessidade de fazer isso” João Santana

Marcos Mendes

Psol  
Nascido em família humilde, Marcos Mendes se define como fruto da educação pública. Na antiga Escola Técnica, atual Ifba, iniciou a atuação pública, que manteve durante todo o seu processo de formação. Na Universidade Federal da Bahia (Ufba), onde estudou Geologia, foi assim e a postura se repetiu na pós-graduação e agora, como funcionário da Caixa Econômica Federal.

Já atuou como professor universitário substituto no Instituto de Geociências da UFBA.

“Marcão”, como é conhecido, é dirigente estadual do PSOL e tem atuação pautada sobretudo nas questões ambientais. Integra o Campo Étnico e Popular, que é um agrupamento que milita nos movimentos sociais em defesa das questões étnico-raciais, de mulheres e do meio ambiente. Considera como grande missão no cargo o combate às desigualdades.

O candidato já concorreu a cargos eletivos anteriormente. A primeira disputa eleitoral dele aconteceu em 2006, quando concorreu ao cargo de deputado federal. Foi candidato a vereador por duas vezes, em 2008 e em 2012. Já disputou o governo do estado nas duas eleições anteriores, em 2010 e 2014, mas não atingiu o número de votos suficientes para ocupar o posto.

“A desigualdade é um dos mais graves problemas da Bahia. Nós temos 58% do PIB em Salvador e Região Metropolitana, mais 5% no deserto verde do Extremo Sul e mais 5,11% no Oeste. O restante do estado fica com uma quantidade ínfima” Marcos Mendes

Célia Sacramento 

Rede  
Nascida em São Paulo, Célia Sacramento mora em Salvador desde os seis anos de idade. A sua trajetória foi marcada pelo estudo, afirma. “Eu estudei a minha vida inteira. Foi só o que eu fiz”, resume. Em vida acadêmica, acumula 25 anos de experiência. “Eu sou professora universitária, consultora na área empresaria e na área pública”, conta.

A luta política se iniciou aos 16 anos, conta, quando começou a militar por associações de bairro e entidades acadêmicas.

É mestre em controladoria e contabilidade pela Universidade de São Paulo (USP) e doutora em engenharia de produção pela Universidade Federal Santa Catarina (UFSC).

Na vida pública, consta um mandato como vice-prefeita de Salvador, eleita ao lado do prefeito ACM Neto, em 2012.

Foi candidata a vice-presidente da República ao lado de Eduardo Jorge (PV), nas últimas eleições, em 2014. Em 2016, após sair do cargo de vice-prefeita da capital, disputou pela primeira vez o posto máximo do Palácio Thomé de Souza, mas não foi eleita.

“Naquela ocasião eu não tive oportunidade de falar muito sobre as minhas propostas”, lembra a candidada.

“Temos uma grande problema para estimular o desenvolvimento da atividade empresarial, que é a elevada carga tributária. O próximo governo precisa estudar mecanismos e implementar ações para reverter este quadro” Célia Sacramento

João Henrique

PRTB  
Prefeito de Salvador entre os anos de 2005 e 2012, João Henrique Carneiro sonha em trilhar o mesmo caminho do pai, João Durval Carneiro, e se tornar governador da Bahia. Economista formado pela Universidade Federal da Bahia, tem pós-graduação em Desenvolvimento Econômico pela Université du Québec à Montréal, no Canadá.

Natural de Feira de Santana, começou a carreira política em 1989, quando foi eleito vereador de Salvador. Após ser reeleito em 1993 cumpriu metade do segundo mandato, até ser eleito como deputado estadual. Na Assembleia Legislativa da Bahia, pelo discurso em defesa dos direitos do consumidor. Eleito em 1994, foi reeleito em 1998 e 2002, quando foi o mais votado. Foi líder do PDT na Assembléia Legislativa em 1999 e 2000 e vice líder do bloco PDT, PSDB e PSB.

Em 2004, foi eleito prefeito de Salvador no segundo turno, com 74,69% dos votos. Em abril de 2007, trocou o PDT pelo então PMDB e no ano seguinte, mesmo com popularidade baixa, foi reeleito no segundo turno com 58,46%.

Na Prefeitura teve que lidar com atrasos nas obras do metrô, de responsabilidade municipal na época, e o desgaste pela demolição das barracas de praia.

“A gente não terá uma única prioridade, até porque os problemas são muitos e simultâneos. Prefiro tratar de um conjunto de prioridades simultaneamente, em linha horizontal. A Bahia precisa de alguém com uma visão de estadista” João Henrique 

Zé Ronaldo 

DEM  
Nascido em Paripiranga, no sertão baiano, José Ronaldo de Carvalho deixou sua cidade natal ainda menino para continuar os estudos em Cícero Dantas. Logo depois, foi fazer o ensino médio e trabalhar em Feira de Santana. Na Princesa do Sertão, foi gestor do Hospital da cidade. Entrou logo em seguida para a política e foi vereador, prefeito em quatro mandatos, sempre eleito em primeiro turno, deputado estadual três vezes, deputado federal e, como líder municipalista, chegou à presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB).

Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), atuou como professor, atuou na Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial, a antiga Cedic e teve passagem pela Secretaria Estadual de Educação e Cultura de Feira.

Reconhecido pela atuação política e na gestão pública da segunda maior cidade do estado da Bahia, tentou em 2010, chegar ao Senado Federal, mas não alcançou votos suficientes. Teve como consolo na época o fato de ter sido o mais votado em principal seu reduto político. Agora, tem diante de si o desafio de convencer a toda a Bahia a respeito de sua condição como gestor público.

“Se for contar os últimos 10 anos, foram mais de 50 mil homicídios no estado, dados da própria Secretaria de Segurança Pública. Em três anos do governo Rui Costa, os números são assustadores, chegando a quase 19 mil assassinatos” Zé Ronaldo

Rui Costa

PT  
Economista, filho de um metalúrgico e uma dona de casa, Rui Costa é o atual governador da Bahia. Foi indicado ao cargo pelo  ex-governador Jaques Wagner, de quem é amigo desde os tempos em que os dois dividiram o comando do Sindiquímica, na década de 80, quando Rui iniciou a suta trajetória política.

Se formou  em instrumentação pela antiga Escola Técnica, atual Ifba, e é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) na Bahia.

Foi vereador, eleito em 2000 e reeleito para a legislatura seguinte. Com a eleição de Wagner, foi escolhido como secretário de Relações Institucionais da Bahia, em 2007, e se tornou um dos principais articuladores políticos do governo petista a partir de então. Em 2010, deixou o cargo para ser deputado federal. Após dois anos em Brasília, retornou ao governo como secretário-Chefe da Casa Civil da Bahia, no segundo governo petista.

Recebeu a incumbência de tocar o projeto de implantação do metrô de Salvador, já sob a responsabilidade do governo estadual, além de outros projetos considerados estruturantes para o desenvolvimento da Bahia, como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste e o Porto Sul. Está no Palácio de Ondina desde 2015.

“Vou seguir trabalhando intensamente para a Bahia continuar se destacando nacionalmente. A política de regionalização da saúde, que já resultou na construção de 19 policlínicas e sete novos hospitais, vai ser ampliada” Rui Costa 

O que os baianos querem

“O primeiro ato é a inserção  da população no mercado de trabalho, pois o desemprego contribui negativamente para o aumento do índice de violência, a evasão escolar e a oscilação da economia devido o freio no consumo” Liane Pinto

“Fazer uma restauração no sistema de saúde do estado, priorizando-a com programas de saúde da família, mutirões de vacinação e programas de remédio em casa” Carol Santos

“Melhorar a educação de base, pois, a educação é peça fundamental para termos um estado em destaque no cenário nacional” Anselmo Duarte

“Estabelecer regime integral em todas as escolas da rede estadual de ensino, com todos os recursos necessários à oferta de ensino público de qualidade” Reuber Santos

“Melhorias em todas as áreas do ensino, todas as escolas publicas devem ser reformadas e restauradas,  ampliar o uso das tecnologias na educação, incentivar a aprendizagem mão na massa, valorização do trabalho, leis rígidas e segurança para os professores” Israel Nascimento

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