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Empresas: coação eleitoral sempre aconteceu em Petrolina

A força da vaga de emprego é usada como arma eleitoral

Até sexta-feira (5), 120 denúncias foram feitas em todas as procuradorias do Ministério Público do Trabalho, contra 32 empresas diferentes que coagiram seus funcionários a votarem nos candidatos de seus patrões.

Quem nunca passou por um momento desses? Muita gente em Petrolina tem sido coagida a votar em candidato que seu patrão escolheu. Muitos funcionários , principalmente em grandes  fazendas do Vale do São Francisco, foram coagidos por seus patrões para dar o voto nesse dia 7 de outubro de 2018.

Fomos testemunhas de reuniões surpresas, paradinhas no trabalho, e até banquetes preparados para os funcionários, com o único intuito de apresentar os candidatos. O que chama a  atenção, é o tom de como a conversa flui. Implicitamente, os patrões  forçam, coagem , e às vezes até obrigam o funcionário a ter comprometimento com o candidato. A força da vaga de emprego é usada como arma eleitoral.

Crime! Essa prática pode ser nova em outras pairagens, mas por essas bandas, em épocas de eleições, é fato que normalmente acontece. O mais bizarro, é que essa prática é sempre feita pelos mesmo grupos, e nunca foi denunciada. As lojas Havan foi denunciada, e revela apenas a ponta do bloco de gelo, há coisas mais pesadas por baixo da densa camada que encobre essa atrocidade. Por essas bandas, existem grandes empresa com 5, 6 mil funcionários, que são coagidos em tempos de eleição. E digo mais, em eleições municipais é mais agravante a situação.

Márcia Aliaga, procuradora do trabalho do MPT-SC, disse estar perplexa com tantas denuncias. “É a primeira vez que tantas denúncias são levadas ao MPT. Não temos notícia de nada parecido, nunca vimos nada assim. É um fenômeno completamente novo”, revelou.

Essa prática de coação eleitoral pode ser nova em outras pairagens, mas por essas bandas, em épocas de eleições, é fato que normalmente acontece.

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