Política

Petrolina: discursos vazios de vereadores demonstram a quem servem: a conveniencia

Não existe amizade verdadeira na política. Políticos não tem amigos, o que eles tem são grupos de aliados que vão sendo formados de acordo com a conveniência.

Quando o ex-líder da bancada governista na Câmara Municipal de Petrolina, o vereador Ronaldo Silva (PSDB) passou para o time da oposição, ele não ficou livre das críticas dos vereadores da bancada que, ainda assim, o recebeu de braços abertos. No início da legislatura, o Professor Gilmar Santos (PT), teve duros atritos quando Ronaldo fazia a defesa do Governo Miguel Coelho.

Vale salientar que Ronaldo Silva, em entrevista, disse que, mesmo quando era líder do governo, sempre denunciou irregularidades, uma delas, de unidades do Residencial Novo Tempo 5, que beneficiava sobretudo amigos e familiares de funcionários da prefeitura. “Eu era o líder da situação, mas nunca concordei com isso, nem nunca assinei nada de errado. Não tenho rabo preso, não. Eu avisei”, desabafou.

Porém, há quem discorde de Ronaldo. O Professor e vereador Gilmar Santos, por diversas vezes retrucou e disse que, Ronaldo hoje faz uma oposição “de conveniência. Estamos na oposição, não por conveniência das circunstâncias, não porque não recebemos cargos da prefeitura, mas porque defendemos o povo”, completou.

O tempo passou, e agora, o mais novo embate protagonizado por Ronaldo Silva, é contra aqueles que o sustentaram durante anos. Com vídeos e provas  do próprio Diário do Muncipio (DOM), o vereador, mostrou que existem pessoas recebendo muita grana sem pisar o pé na cidade, nem na prefeitura. Vale lembrar que vereadores já processaram este blog que, mesmo antes de Ronaldo, mostrou que sim, foram contratados vários cargos indicados e que não trabalhavam.

Porém, a pergunta que fica é: será que todas essas denúncias vindas do vereador, não configura conveniência? Podemos notar muito mais nitidamente esta ética da conveniência nesse meio político, em que oposição e situação mudam de lado para  manterem-se com o poder, mesmo que evidentemente troquem farpas ao longo do jogo político. Ambos os lados, convenientemente, jogam no lixo suas “ideologias”, sem senso de justiça e sua moralidade, ignorando toda contribuição recebida, vangloriando-se daquilo que sequer construíram. A moral, nestes casos, é relativa, pois passa por cima de valores (se é que existem), para alcançar mais espaço.

Evangélicos x vergonha

Da mesma forma acontece com aqueles elementos que se dizem evangélicos ou católicos praticantes e, usam esse tipo de formalidade somente com o intuito de extrair ou conseguir algo ou alguma informação, ou ainda, usar a religião para benefício próprio. Em suma: dão uma de santo, para esconder suas maracutaias.

Infelizmente existem muitos destes casos na nossa efêmera malha social, o pedantismo destas pessoas é digno de pena, porém, ao mesmo tempo, torna-se um vício pelo “se dar bem”, já que através desta relativização casual, outras pessoas servirão de degrau. Enquanto ainda estivermos baseados no absolutismo moral ou ainda na relativização moral, não conseguiremos alcançar valores universalmente desejáveis para a convivência ética na sociedade.

O fato é que estamos vendo na Câmara homens, formados, maduros e que tem em suas índoles a má formação de um caráter bom. Claro que isso não se aplica a todos. Existe ainda um remanescente que mantém idoneidade.

E lembre-se:não existe amizade verdadeira na política. Políticos não tem amigos, o que eles tem são grupos de aliados que vão sendo formados de acordo com a conveniência.

Conveniência - Dicio, Dicionário Online de Português

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