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Quem patrocina o Instituto de Gilmar Mendes?
caixa do instituto IDP, de propriedade de Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, recebeu 32 pagamentos de diversas empresas e entidades. Os valores dos patrocínios foram elásticos: de 50 mil a 500 mil reais. Na ponta do lápis, só naquele ano a receita de patrocínios foi de 4,3 milhões de reais, valor que chega a 7 milhões se considerados os pagamentos recebidos desde 2011.
As planilhas do IDP relacionam 23 empresas e entidades que patrocinaram o instituto. Uma delas, a mais comum, envolve companhias que patrocinaram os eventos e, em contrapartida, ganharam a exposição de suas marcas.
A Souza Cruz, gigante do ramo de cigarros, surge nos documentos internos como o principal patrocinador oculto do IDP. Desde 2011, a companhia repassou 2,4 milhões de reais ao instituto. A companhia informou ter com o IDP, há anos, um contrato para o “patrocínio de atividades acadêmicas”.
O Bradesco e o grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, também estão no rol dos patrocinadores do IDP que não fazem questão de publicidade. O banco deu 200 mil reais e a J&F, 500 mil. Os créditos foram anotados nos documentos internos do instituto como patrocínios ao congresso, mas os dois grupos não figuraram, em nenhum momento, entre os patrocinadores oficiais.
A Triunfo Logística, empresa fluminense de engenharia com atuação no setor de óleo e gás, repassou 100 mil reais para o IDP. O Google é outra empresa que adotou comportamento semelhante. Repassou 200 mil reais, em maio de 2016, para viabilizar a criação de um centro de estudos no IDP.
Para além de conglomerados como Souza Cruz, J&F, Google e Bradesco, as planilhas que listam as receitas obtidas pelo instituto de Gilmar Mendes a título de patrocínio contam com outros portentos da economia nacional, como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e organizações setoriais, como a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA). ]
Os patrocinadores do instituto de Gilmar Mendes têm em comum o fato de serem partes interessadas em grandes causas em tramitação no Supremo Tribunal Federal. É evidente que não há, necessariamente, relação de causa e efeito entre os patrocínios e as decisões de Gilmar, mas a lista dos parceiros mostra como a condição de ministro-empresário dá azo a situações no mínimo embaraçosas: algumas das empresas são parte em pelo menos 300 processos que passaram pelo gabinete de Gilmar desde 2016. Uma delas é justamente a Souza Cruz.
E aí? Como vai você Cauby? O Gilmar Mendes faz o que “todos” no Brasil fazem quando tem o poder. Faz um grupinho para sugar os recursos de promover o desenvolvimento da sociedade. Em troca permite que o povo receba “bolsa família” e o povo ainda tem que agradecer. E no caso dele cuida juntos com seus pares para o tratamento privilegiada dessas empresas nas ações na Justiça. Grande Abraço!