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Casa de ferreiro, espeto de pau: AMMPLA fiscaliza trânsito usando motocicletas irregulares

Por Claudio Farias-Radialista

 

O ditado popular “Casa de ferreiro, espeto de pau” se aplica a algo que se contradiz ao seu propósito ou está fora da ordem natural e institucional de coisas, pessoas e órgãos. No caso em questão, trata-se da Autarquia Municipal de Mobilidade de Petrolina – AMMPLA, cujas prerrogativas, obrigações e funções vão desde coordenar, promover alterações que melhorem a acessibilidade e fluidez do trânsito, a aplicar a lei aos que a infringem. Até aí, o órgão vem desempenhando seu papel, razoavelmente.

Quando usamos aqui o ditado popular “Casa de ferreiro, espeto de pau”, falamos, justamente, em relação ao órgão público que não cumpre aquilo que é de sua obrigação, pois o estado, seja ele, nas esferas municipais, estaduais e federal, não deve exigir do cidadão, aquilo que não faz, seja por incompetência, descuido ou omissão.

Para ser mais claro, como pode um órgão público que tem, entre suas prerrogativas, aplicar multas quando algum veículo transgrida as regras de circulação e estacionamento, se esta mesma instituição, também está incorrendo na mesma irregularidade?

É isso mesmo. A autarquia que fiscaliza o trânsito no município de Petrolina-PE, no sertão, tem em sua frota, pelo menos duas de suas motocicletas circulando irregularmente, como podemos ver nas imagens. Então, como pode um ferreiro ter em sua casa um espeto de pau?

Como percebemos, o valor das taxas devidas para regularizar as motocicletas não é tão alto, quando comparado ao valor mensal do aluguel do prédio (casa), onde está sediada a AMMPLA que, segundo o portal da transparência, custa aos cofres públicos o valor mensal de R$ 7.490,00.

Perguntar não ofende: porque o município, na gestão do governo (Novo Tempo), do prefeito Miguel Coelho (sem partido), paga um aluguel tão alto em detrimento do atraso no pagamento de taxas regulares para circulação da frota do órgão que tem papel primordial no fazer cumprir as leis do trânsito?

Colaboração de um leitor que não quis ser identificado.

 

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