Feirantes da Areia Branca pegos de surpresa. Reforma da prefeitura mudou. Eles terão que pagar

A  história da feira livre da do bairro Areia Branca vai se tornando uma tristeza. Quando foi feito o plano para reforma da feira, foram assinados papeis que garantiam que a reforma seria completa, com entrega de novas bancas gratuitamente.  Todo esse compromisso foi divulgado em várias mídias, e tudo estava certo. Porém, a história engatou marcha à ré e a gestão municipal resolveu repassar para os comerciantes de frutas e verduras da Feira da Areia Branca a responsabilidade de pintarem seus Box e comprarem as bancadas.

Na sessão ordinária desta terça-feira (23), o vereador, que é líder da Bancada de Oposição, Marquinhos do N4, cobrou do prefeito Simão Durando Filho, explicações sobre a mudança de planos que acarreta despesas extras para os feirantes que aguardam a promessa da conclusão da obra para a comercialização de seus produtos.

“Solicitamos ao Executivo Municipal informações sobre o andamento da obra e calendário de entrega da reforma da feira livre do Bairro Areia Branca. Questionamos porque a prefeitura, por meio da secretaria competente, se comprometeu com a entrega das bancadas novas e agora obriga os feirantes a comprarem ou as pintarem com recursos próprios; bem como questionamos sobre a promessa de entregar as bancadas até o mês de setembro; e solicitamos a lista de cadastrados, com nomes e inscrições dos feirantes em cada box da feira livre do Bairro”, comenta Marquinhos do N4.

Além da morosidade na entrega da obra, adiada diversas vezes, os comerciantes da feira livre reclamam das mudanças de planos do Executivo e pedem ajuda do Legislativo para que o equipamento seja entregue como prometido.

O vereador visitou a área e conversou com alguns feirantes. Por medo de represálias, muitos conversaram com a equipe de reportagem do vereador, mas pediram anonimato. Um deles argumentou que “eles [Prefeitura] estão exigindo que a gente compre bancas novas e pinte de cinza, mas não foi esse o combinado. Disseram que a gente jogue essas velhas fora”.

Outra feirante alega que “estamos aguardando há quase dois anos e até agora nem banca, nem bloco, nem nada. Ainda tão cobrando que a gente faça nossa banca, descumprem o que foi combinado, gastaram a verba e agora a gente que passa a dificuldade sofrendo para sustentar nossa família”.

Já um comerciante de frutas disparou. “Prometeram bancas padronizadas e agora vem com esse papo que a gente tem que assumir a responsabilidade de modernizar por nossa conta, com dinheiro do nosso bolso. Fomos jogados no relento, obrigados a ficar na sujeira, na imundice e todo dia mudam a data de entrega. Precisamos da ajuda dos vereadores para cobrar do prefeito a entrega desta obra, como foi prometido, já pagamos a taxa para vendermos nossos produtos e agora a Prefeitura vem com mais cobranças aos feirantes”.

São quase dois anos de espera e agora a Prefeitura apresenta mudanças de planos que pegam de surpresa e prejudicam financeiramente os feirantes, com cobranças que fogem do programado e do que foi divulgado pela própria Prefeitura. Os feirantes querem a resolução deste problema e o retorno à feira como prometido ao iniciarem as obras de reestruturação da Feira da Areia Branca, uma das maiores de Petrolina.

com informações de Mônia Ramos Jornalista

Fotos Jadson Alves