Política
Vereadores de Petrolina: problemas insustentáveis na Câmara geram polêmicas
Segundo cientistas políticos consultados pela reportagem, a consciência dos problemas não necessariamente levará a melhorias nesse novo mandato, que ainda é novo, e começou no ano passado.
A reportagem entrou em contato com os 16 dos vereadores de Petrolina para que eles avaliassem o atual mandato. segundo eles, a admissão de problemas na Câmara por parte dos vereadores de Petrolina pode estar mais ligada à proximidade das eleições do que a fatos negativos que marcaram a legislatura atual.
Segundo cientistas políticos consultados pela reportagem, a consciência dos problemas não necessariamente levará a melhorias nesse novo mandato, que ainda é novo, e começou no ano passado.
“Eles podem estar fazendo um mea culpa para amenizar a situação junto aos eleitores”, considera Luiz Domingos Costa, professor de Ciência Política da Uninter. De acordo com Costa, a mudança não ocorrerá na próxima legislatura porque a forma de perceber o Legislativo continuará a mesma. “Somente se houvesse um presidente e uma mesa executiva diferente poderia ocorrer oportunidade para mudança. Mas os parlamentares não pressionam e não gostam de arrumar confusão”, explica. Costa também comenta que o corporativismo dentro da Câmara pode ser uma questão mais individual. “Se um vereador denuncia outro, existe a possibilidade do problema respingar nele mesmo. A autopreservação implica preservar também os colegas”.
Origem
Ainda segundo o cientista político, os problemas têm origem na relação entre o Executivo e o Legislativo. “A relação entre os dois poderes em todos os níveis exige que as casas legislativas abram mão de duas prerrogativas importantes: a vigilância sobre o Executivo e a capacidade de iniciativa”.
A verdade é que existe uma dependência dos vereadores em relação ao governo municipal. Além disso, a pequena oposição não consegue ser expressiva para diminuir o poder da prefeitura frente à Câmara.
“É conveniente para os vereadores de situação continuar assim. Com o apoio do prefeito, eles podem agradar seus eleitores. Entre se desgastar com seus eleitores e vigiar o Executivo, eles preferem manter a vinculação”, finaliza o cientista.