Petrolina: famílias denunciam falta de terrenos para enterrar mortos nos cemitérios públicos

Depois da sobrecarga de enterros durante a pandemia da Covid-19 , os cemitérios de Petrolina assim como em todo País, ficaram com sobrecarga para enterrar seus mortos, e até hoje, esse problema persiste e ainda está sem solução.

Segundo a prefeitura, os Cemitérios do Campo das Flores e Campo da Paz, os maiores da cidade, estão sobrecarregados e só enterram seus mortos, aquelas famílias que já possuem terrenos no local e não há espaço para mais, pois os terrenos onde se localizam não podem ser ampliados porque ficam em áreas super habitadas.

Enquanto essa situação não se resolve, o sofrimento das famílias só tende a aumentar. Segundo denúncias de familiares que perderam seus entes queridos, há corpos que ficam dias nos hospitais. “Todas as funerárias estão passando por uma situação desagradabilíssima. São dois dias, às vezes até quatro dias, para enterrar um”, declarou Souza Mariá, que recentemente perdeu seu pai de 80 anos.

Entre aquelas famílias que fazem uma romaria  em busca de uma vaga para enterrar seus mortos, está a de Sergivalda Mariano da Penha, que morreu de infarto agudo no último mês de março. Segundo os familiares, não foi encontrado terreno nos cemitérios da cidade para enterrá-la, e a solução foi levar o corpo para ser enterrado em um cemitério no interior do municipio.

“A pessoa se esforça,  trabalha, paga seus impostos diligentemente para, na hora de morrer e se enterrado,a família ter que ficar de cemitério em cemitério à procura de um lugar  para enterrar seu morto para descansar.Sabemos que a mortandade está grande por causa de diversas doenças e acidentes fatais, porém, vejo um certo descaso dos nossos prefeitos, tanto o atual como os que pela prefeitura passaram, um olhar mais atento e sensível para um assunto tão sério”, contou o pedreiro Percival Mariano, irmão de Sergivalda.

Fica a dica para a construção de um novo espaço para que os petrolinenses possam enterrrar seus mortos.