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Crise na folia

FAXINA NO ORÇAMENTO Varrição no Sambódromo do Rio: escolas terão de se virar com pouco
Nada de confete e serpentina. O carnaval deste ano foi cancelado por falta de verba em pelo menos 70 cidades brasileiras. O número equivale ao de municípios que já decretaram estado de calamidade financeira: 73, segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN). O corte envolve desde grandes capitais até cidades pequenas, algumas com forte tradição na folia. É o caso da histórica São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, cujo carnaval de rua, animado por marchinas, costuma atrair milhares de jovens a cada ano. Lá, a prefeita Ana Lúcia Bilard Sicherle (PSDB) resumiu a situação em uma frase: “Não há recurso nem orçamento.” Em Minas Gerais, os cofres vazios também tiraram a alegria dos foliões. Em nota, a Prefeitura de Nova Lima explicou que passa por “grave crise econômica”, mesmo caso de Poços de Caldas, Ouro Branco e Patos de Minas.
O presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, recebeu a missão da prefeitura de cortar 10% dos custos totais do carnaval da capital baiana, um dos maiores do País, “sem prejudicar a qualidade.” O jeito foi “negociar com os fornecedores, congelar cachês, renegociar contratos.”
As Escolas de Samba do Rio também cortaram. A Mocidade Independente de Padre Miguel e a União da Ilha acabaram com seus ensaios-show. “Entendo a forte crise financeira que assola o país. Não posso mais conviver com esse tipo de situação: abrir a quadra, o que não é barato, e não vê-la cheia”, disse o presidente da União da Ilha, Ney Filardi. “Apesar da recessão, será um dos mais belos carnavais graças à criatividade”, afirma Jorge Castanheiras, presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa). Segundo dados da entidade, a captação de recursos das escolas caiu 40% na comparação com 2015.
“NA RAÇA”
A crise também está impedindo muitos blocos de ir para a rua. Apenas no Rio de Janeiro, 55 deles deixarão de sair este ano por falta de patrocínio. “Se o apoio já era difícil para agremiações com menos visibilidade, agora ficou impossível: a crise virou desculpa para dizerem que não podem, não têm. Mas carnaval para nós não é negócio, é alegria. Isso não mudará”, diz Rita Fernandes, presidente da Sebastiana, a associação de blocos cariocas.

A boa notícia vem de fora: os turistas estrangeiros não estão nem aí para a crise e já reservaram boa parte dos cerca de 60% dos quartos da rede hoteleira da cidade, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio (ABIH-RJ). Com isso, pelo menos uma parte da ocupação do Sambódromo também está garantida. Segundo Castanheiras, da Liesa, 80% dos camarotes cariocas já foram negociados. Há ingressos por R$ 1,8 mil, no estreante Número Um, e R$ 5,2 mil, no superespaço Rio Samba. Animada, a holandesa Priscilla Nieuwbuurt já prepara as malas para o Rio. “A crise no Brasil não afeta a nossa economia. Pelo contrário, barateia a viagem”, diz ela. O finlandês Joel Jarlas, que também já alugou um apartamento com amigos, é sincero: “Nunca cheguei nem a pensar na crise econômica.” Eles estão dentro do cálculo da Riotur para este ano: 1,1 milhão de turistas deverão injetar cerca de R$ 3 bilhões na economia. Para o carnavalesco Milton Cunha, embora este seja “o carnaval da crise”, a compensação virá “na raça.”
UM MOMO MAIS MAGRO
Algumas das cerca de 70 cidades que cancelaram o Carnaval:
SP: Campinas, Piracicaba,São Luiz do Paraitinga e São José dos Campos
MG: Poços de Caldas,Ouro Branco, NovaLima e Patos de Minas
RS: Passo Fundo RO: Ariquemes
AP: Macapá
Mudanças nos dois carnavais mais famosos do País:
Rio de Janeiro
Cerca de 55 blocos, de 451 confirmados, não sairão às ruas por falta de patrocínio. Entre eles, o Bloco da Segunda, que completaria 30 anos neste ano
Salvador
Os gastos públicos, em torno de R$ 50 milhões, serão cortados em 10%. Entre os blocos que cancelaram a festa está o Cheiro de Amor, fundado em 1985. Muitos reduziram a participação, como o Cocobambu, que sairá apenas em um dia em vez de três
Alternativas de foliões e organizadores para fugir da crise este ano:
• Aceitar milhas em troca de abadás
• Parcelar ingressos para camarotes em até 10 prestações
• Arrecadar dinheiro por meio de vendas de camisetas, feijoadas, chapéus, lenços, salgados, leques e cervejas
• Promover crowdfundings
• Usar fantasias recicladas
• Cortar extras, como carro-pipa para refrescar calor dos foliões, decoração de carro de som e seguranças
Por Eliane Lobato-Istoé
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