Doença na Câmara de Petrolina: as dificuldades dos vereadores em lidar com a “Síndrome do Pequeno Poder”

De acordo com profissionais da psicologia, a síndrome do pequeno poder afeta tanto o opressor (a pessoa com o “poder” em questão) quanto o oprimido (pessoas em geral afetadas). Ambos podem ser atingidos pela ansiedade e depressão, um porque o poder acaba “subindo para a cabeça” e o outro porque sofre com humilhações e rebaixamentos.

Na verdade, os portadores da síndrome do pequeno poder escondem o seu complexo de inferioridade. Essa síndrome não é propriamente uma doença, contudo, pode provocar um perturbador sentimento de culpa, visto que nenhum ser humano consegue viver desse jeito o tempo todo.

Alguns vereadores de Petrolina, em especial, o presidente da Casa Plínio Amorim, sofrem com a Síndrome. Durante esses 3 anos, achávamos que era apenas arrogância ou prepotência por parte de alguns desses senhores pelo devido fato de terem conseguido alcançar uma cadeira de vereador de uma cidade tão importante como é Petrolina para o Brasil.

Porém, não basta apenas usar o “achismo”, há que ir mais fundo, investigar e lutar para entender esses comportamentos. Embora a atitude de autoritarismo seja abraçada por um determinado indivíduo, que ao receber o poder utiliza-o de forma absoluta e imperativa, de acordo com psicólogos, consiste em um problema social e não individual.

Esta condição surge quando um indivíduo, não satisfeito com a sua pequena parcela de poder, exorbita a sua autoridade. É comum em indivíduos  que desejavam algo que não conseguiram alcançar, precisando, portanto, mudar os planos de vida.

O grande problema ocasionado pela síndrome do pequeno poder é o desrespeito à legislação atual, tanto no caso de violência contra a criança, mulher ou até na perturbação do sossego da sociedade ou de um indivíduo.

Para se ter uma ideia de como a SPP tem afetado o presidente da Casa, basta observar as suas atitudes autoritárias com os colegas (que por muitas vezes não o suportam), com a plateia que vai ao plenário, com jornalistas que não concordam com seu modo de conduzir áreas especificas do Legislativo, pela maneira abrupta de usar os advogados da Casa em causa própria contra jornalistas e Radialistas e Blogueiros e pelas ameaças ditas em pleno curso de sessões ordinárias contra quem se opõe ao seu pequeno poder.

Hoje, mais do que nunca , é fácil entender as atitudes desses vereadores. Descobrimos que não é arrogância ou mudança de comportamentos como pensávamos: é a Sindrome do Pequeno Poder. Há que se procurar psicólogos para tratar esse desvio de conduta.

“Isso acontece com alguém que perde a razão e passa a agir como um imperador, ultrapassando os limites da autoridade”, diz a professora Janaina Ferreira, especialista em gestão de equipes e pessoas do Ibmec do Rio de Janeiro.

Essa síndrome, não tem afetado somente o presidente da Casa Legislativa de Petrolina :afeta principalmente alguns vereadores de primeiro mandato, aqueles que nunca exerceram essa tarefa, e agora, estão se achando acima da média.

E como eles pensam? Pensam que só se elegeram por causa da sua inteligência, coisa que não é verdade. Vale lembrar também, que ninguém se elege sozinho e, existe todo um contexto para que se chegue ao alvo a ser alcançado. No mínimo, houve pessoas que neles votaram, que por eles interviram, pediram votos, foram ás ruas, se expuseram  e até perderam sono por conta dessa eleição.