Política

Fechando o ano de 2023 e com mais de 150 dias de folga, Câmara de Petrolina é retrato distorcido da sociedade

Embaixo de um folgado, tem sempre um sufocado.

Como todos sabem, o cargo de vereador é o único que toma posse, recebe o salário e, no mesmo dia, entra em férias (recesso). É assim mesmo! Quando vereadores assumem seus cargos para uma legislatura, no mesmo dia entram em recesso.

ByNina - Não seja nem o folgado, nem o sufocado na... | FacebookEm Petrolina, o salário gordo representa apenas uma parte das benesses a que um vereador tem direito. Além de carrões alugados, telefone com linha sem limite, cargos à disposição, gabinete e outras coisinhas a mais, o vereador, tem direito a dois recessos, sendo um no início do ano, e outro na metade do ano.

Enquanto um trabalhador comum tem direito a 30 dias de folga, e um salário que não atende às necessidades, os vereadores, viajam, dirigem carrões,tem gasolina à vontade e sobretudo, folgas, muitas folgas!

Este ano de 2023, para o legislativo petrolinense, foi atípico. Com a festa de São João liberada, só nos meses de junho e julho, os vereadores ficaram quase 60 dias de folga, sem as chamadas: sessões ordinárias

De janeiro a dezembro, contando também os pontos facultativos, os vereadores folgaram mais de 150 dias, e isso às custas do dinheiro público! Eita emprego bom da peste!

Minorias

A casa que deveria representar de forma equilibrada a sociedade é, ao contrário, exemplo de desigualdade e exclusão, em que as chamadas minorias quase se perdem entre uma maioria de homens brancos. As mulheres, que são mais da metade da população da cidade, por exemplo, têm sua representação reduzida a menos de 20% da composição do Câmara municipal, na soma das cadeiras de vereadores.

Os pretos formam uma bancada de apenas (6%), muito pequena em relação aos brancos. É uma Casa patriarcal do homem branco, heterossexual, que comanda a família. Se pegarmos esses números e compararmos com os dados do último Censo do IBGE, mesmo dobrando a representação de minorias na Câmara, não se chega a um retrato fidedigno da sociedade.

 

Tags

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fechar