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Fernando Bezerra e seus filhos: por que a Assembleia Legislativa de Pernambuco não é mais prioridade para a família?

Se ainda o é, não demonstra interesse. 

 

Um legado que ultrapassou quatro gerações, e que está hoje nas mãos do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) e dos seus filhos Miguel Coelho (ex-prefeito de Petrolina), Fernando Filho (deputado federal) e Antonio Coelho (deputado estadual licenciado e atual secretário de turismo do Recife).

Os quatro representam, atualmente, a maior força política do Sertão pernambucano. A força política deste grupo familiar se iniciou com Clementino Coelho, conhecido como Coronel Quelê, e Dona Josefa, que tiveram seus 11 filhos e mal sabiam que sua liderança política na Região do São Francisco iria se espalhar da República Velha por mais três gerações de poder. A força da família e sua influência na Região criaram um núcleo que se estende até hoje na política pernambucana.

Porém, como tudo muda, ao que parece, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) deixou de ser prioridade para a família poderosa. A resposta está nas entrelinhas dos últimos acordos fechados pelo “Boss” da família.

Em um dos mais recentes acordos firmados com gente grande da Capital, a família Coelho pleiteiou uma vaga na chapa majoritária, onde João Campos será o candidato a governador e o ex-prefeito de Petrolina quer a vaga ao Senado em 2026. Porém, Miguel Coelho já sinalizou que a vaga não precisa ser exatamente para ele. Pode também servir para o seu irmão, o deputado federal Fernando Filho (UB).

Sem mandato desde quando passou o cargo para Simão Durando na Prefeitura de Petrolina e partiu para disputar o Governo de Pernambuco, no ano passado, porém, sendo derrotado,o ex-prefeito Miguel Coelho vem se tornando um dos principais articuladores do seu grupo com olhos voltados às eleições municipais de 2024. Com uma meta no mínimo ousada, segundo informações, o grupo tem trabalhado com 15 a 17 prefeitos aliados, e a pretensão é assegurar a eleição ou reeleição de pelo menos 20 gestores no estado.

Percebam que hoje o grupo só faz acordos visando o Congresso Nacional, cenário mais alto. Quanto à Alepe, pode ser que Antonio Coelho seja candidato à reeleição, mas tudo leva a crer que a pretensão do grupo não é essa, até porque o grupo trocou o mandato de Antonio, por um cargo de secretário de Turismo em Recife.

Não que a função não seja importante, até porque a cidade do Recife  é pujante com seu turismo, porém, é um cargo que só interessa à Capital. Isso foi ruim para Petrolina. Perdeu representatividade. Com isso, a pergunta que não cala é a seguinte: por que a Assembleia Legislativa de Pernambuco não é mais prioridade para a família? Se ainda o é, não demonstra interesse.

Por Cauby Fernandes

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