O carnaval de Pernambuco é uma das principais festividades do estado, onde reúne multidões que seguem trios, batuques e diversos blocos carnavalescos que sobem e descem as ladeiras de Olinda, Recife e outras diversas cidades espalhadas pelo estado.
No entanto, o que vimos foi uma festa que também foi impactada pela falta de uma política de segurança pública. Com 62 homicídios e 34 tentativas de homicídios, Pernambuco teve (infelizmente) um dos carnavais mais violentos da sua história. Foram pelo menos 3 homicídios em polos da folia de momo. Os números de casos envolvendo a segurança pública, passados pelo Sindicato da Polícia Civil, deixaram os pernambucanos perplexos e preocupados.
Greve
O SINPOL que deflagrou greve desde a última segunda-feira, 12, decidiu estabelecer uma mesa de negociação específica com o governo para tratar da desestruturação e desvalorização profissional dos policiais civis, porém, continua sem ter resposta. Segundo o sindicato, foram feitos e enviados diversos ofícios alertando sobre as péssimas condições de trabalho, falta de efetivo, problemas estruturais nas unidades policiais.
Segundo o Sindicato, muitos desses homicídios e outros crimes ocorridos no carnaval 2024 poderiam ter sido evitados com os devidos investimentos na Polícia Civil, ou seja, na polícia de inteligência.
“O SINPOL parabeniza os policiais civis que, mesmo com descaso e falta de diálogo do governo Raquel Lyra, mesmo com as péssimas condições de trabalho, falta de efetivo e desvalorização profissional, cumpriram com seu dever e evitaram, ao lado das demais forças de segurança, uma tragédia ainda maior neste carnaval”, avalia o Sindicato.
Mesa de negociação
Está marcada para o dia 19/02, às 10h, uma reunião com o Sinpol e o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, com pedido para que o Poder Legislativo interceda junto ao governo Raquel Lyra para abertura de uma mesa específica de negociação com os policiais civis.
*Os números foram fornecidos pelo Sinpol
