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Opinião: “Como eu vi o debate entre os candidatos a prefeito de Petrolina”. Por Paulo Chancey

Aos olhos dos adversários a ausência dos candidatos de Juazeiro e de Petrolina ao debate, obviamente soa como fuga, medo, e em cima disso tentam capitalizar na publicidade, utilizando sempre a palavra “fujão” ou “fujona”, expressões constantes nas intervenções e falas do candidato Gabriel Menezes que em vários momentos lamentou a ausência do prefeito e candidato a reeleição Miguel Coelho, para o qual afirmava estar pronto para um debate acirrado.

O segundo dia de debates organizados pela equipe da RedeGN, sob o comando do radialista Geraldo José, nas dependências do plenário da Câmara de Vereadores de Juazeiro, desta vez ocorreu entre os candidatos a prefeito de Petrolina. Compareceram os candidatos, Odacy AmorimJúlio Lóssio FilhoGabriel MenezesMarcos Heridijânio e Deomiro Santos, e a exemplo do que aconteceu no dia anterior, no debate entre os candidatos a prefeito de Juazeiro, que registrou a ausência da candidata Suzana Ramos, entre os postulantes de Petrolina registrou-se a ausência do candidato Miguel Coelho, que assim somo Suzana, apresentou justificativa de outros compromissos agendados, o que, evidentemente, para os concorrentes, não passou de desculpa para “fugir” do debate.

Aos olhos dos adversários a ausência dos candidatos de Juazeiro e de Petrolina ao debate, obviamente soa como fuga, medo, e em cima disso tentam capitalizar na publicidade, utilizando sempre a palavra “fujão” ou “fujona”, expressões constantes nas intervenções e falas do candidato Gabriel Menezes que em vários momentos lamentou a ausência do prefeito e candidato a reeleição Miguel Coelho, para o qual afirmava estar pronto para um debate acirrado.

O candidato Júlio Lóssio Filho, por sua vez, nos momentos em que foi instado a responder ou comentar alguma questão adotou uma postura mais serena, sem críticas acirradas, nem ataques, até porque o adversário comum a todos não estava presente, e direcionou suas falas para pontos de sua proposta de governo.

O candidato Odacy Amorim, que tinha à sua frente um calhamaço de papel, que pareciam munições para um intenso debate, acabou mesmo tendo que aproveitar as questões que lhe foram direcionadas para destacar seus feitos quando prefeito da cidade.

Os candidatos Marcos Heridijânio e Deomiro Santos contribuíram com o debate nos cruzamentos dos embates com perguntas e comentários que lhe couberam, porém tiveram atuações discretas e burocráticas.

A exemplo do que aconteceu no debate entre os candidatos de Juazeiro, mais uma vez, de forma protocolar, e mesmo não sendo de responsabilidade do município, a questão segurança pública foi colocada em discussão, e coube ao candidato Júlio Lóssio Filho aproveitar para tecer críticas a atual gestão, citando o caso das viaturas novas adquiridas para a guarda municipal, e que estão paradas.

Tanto lá (Juazeiro), quanto cá (Petrolina) a discussão segurança pública no debate é inócua e recai sempre sobre a Guarda Municipal, que exerce poder de polícia apenas no limite das suas atribuições e destinação constitucional (144 § 8º da CF), que não é a de preservação da ordem e da segurança pública nem, ainda, a investigar crimes, como polícia de segurança pública, mas a de proteção de bens, serviços e instalações públicos municipais, portanto a discussão sobre esse tema se torna inócua porque obviamente não pode ser objeto de propostas, e por conseguinte, de críticas por parte dos candidatos.

E no final das contas, com a ausência daquele que seria o alvo natural de todos os disparos, o debate do lado pernambucano foi mais do mesmo, o cruzamento de embates não favoreceu ao debate, e coube aos demais presentes, fazerem um bolo, não com os todos os ingredientes indicados na receita, mas com os que tinha na despensa.

Parafraseando um conhecido e confuso discurso da ex-presidente Dilma Rousseff, eu poderia dizer tranquilamente que também nesse debate dos candidatos petrolinenses, ninguém ganhou nem perdeu, todo mundo ganhou, mas todo mundo perdeu.

Esse foi o debate. Essa é a minha análise.

Vamos ao próximo.

Paulo Chancey (Jornalista | Professor Universitário)

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