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Petrolina: eita oposição que sofre! Porradas e esmagamento

O que aconteceu? Nada! Foi recusado também. Só porrada.

A bancada de oposição na Câmara de Petrolina só leva porrada. Em duas semanas, duas sessões, duas porradas. A primeira, um pedido para realizar uma audiencia pública para analisar a atual situação econômica da Faculdade de Petrolina (Facape), que está há alguns meses sem pagar os salários dos professores, teve pedido negado.

E a segunda,  aconteceu nesta terça-feira, 22.  A bancada de oposição propôs outra audiência pública, desta vez sobre a questão do transporte coletivo do município. Uma das questões polêmicas do requerimento 085/22 era a tarifa de ônibus, que saltou de R$ 3,70 para R$ 4,10 no mês passado. O que aconteceu? Nada! Foi recusado também. Só porrada.

Usando a palavra, o vereador Professor Gilmar lembrou que, no final de 2021, a Casa aprovou uma verba de mais R$ 4 milhões para a empresa Atlântico, empresa que tem a concessão das linhas de ônibus urbano de Petrolina, justamente para que conseguisse um equilíbrio financeiro e segurasse o valor da tarifa, diante das dificuldades que ainda passa a população por conta da pandemia de Covid-19. Gilmar foi mais longe: disse que a empresa já recebeu mais de R$ 10 milhões. “Então, qual o sentido de aumentar a passagem de ônibus?”, indagou.

O vereador também citou as reclamações dos usuários acerca da demora dos ônibus, além da pouca quantidade de veículos, e cobrou da administração o Passe Livre estudantil prometido pelo prefeito Miguel Coelho (UB).

Desculpas

Com a presença de um grupo de estudantes em plenário, convocados pelas lideranças das principais entidades da classe (Uesp, Uespe, UEP e DCE da Univasf), o tema dividiu os governistas. Rui Wanderley (PSC), por exemplo, justificou que já havia se comprometido com as entidades estudantis em votar a favor do requerimento. Já o Capitão Alencar (Patriota), que preside a Comissão de Segurança Pública, Trânsito e Mobilidade Urbana, disse que sequer foi procurado sobre o assunto. Mesmo assim, explicou que votaria contrário porque o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) foi provocado quanto a essa questão e já está cobrando informações sobre o aumento da passagem.

Diante das manifestações dos estudantes em plenário, o presidente em exercício da Mesa Diretora, Manoel da Acosap (DEM) perdeu a paciência com Gilmar, afirmando que ele “desrespeita a Casa e joga para a plateia”. Manoel disse ainda que nenhum vereador é contra os estudantes, mas a matéria precisa ser debatida antes junto às comissões e aos órgãos competentes. Em tom mais duro, o vereador afirmou que os estudantes transformaram-se em “massa de manobra de vereadores oportunistas” – sem citar diretamente Gilmar.

Presidente da Comissão de Educação, Maria Elena (MDB) também se mostrou visivelmente incomodada por não ter sido procurada pelos estudantes. Mas ao contrário do colega de bancada, ela lamentou a atitude do oposicionista. Elena aproveitou ainda para passar o contato da comissão aos representantes estudantis, quando forem tratar de assuntos do segmento.

Gilmar manteve o discurso e sugeriu, mesmo com o posicionamento da AMMPLA e do MPPE sobre o tema, de aprovar a audiência para uma data a ser marcada após a deliberação dos dois órgãos. Os governistas ignoraram a sugestão e reprovaram o requerimento por 10 votos contra 6, para revolta dos estudantes em plenário. O vereador governista Ronaldo Silva (DEM) se absteve de votar.

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