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Petrolina continua na luta contra a Hanseníase
Petrolina, no Sertão pernambucano, continua com um crescimento acentuado no número de casos de hanseníase . Segundo dados.
Segundo técnicos em Vigilância Epidemiológica do vale do São Francisco, o aumento do número de casos na cidade não é um sinal negativo, mas o resultado de ações que estão sendo realizadas desde 2012. “A população ficou mais acessível ao assunto. Passamos a conversar mais sobre a doença com os profissionais de saúde. Desta forma são realizados mais diagnósticos e crescem a probabilidade da descoberta de casos”, destaca o grupo de técnicos.
Constatadamente os bairros da Vila Eduardo, Dom Avelar, João de Deus, São Gonçalo, Jardim Petrópolis e o Distrito Izacolândia, são os que notificam mais casos em função das ações desenvolvidas ao longo dos anos . Através de mutirão sobre hanseníase, por exemplo, muitas pessoas que não sabiam da doença, foram esclarecidas e passaram afazer tratamento para eliminar a doença.
De acordo com os técnicos , a tendência é aumentar o número de notificações. Os casos já existiam, mas eles foram descobertos em função dessas ações realizadas . O período de incubação da hanseníase é de dois a sete anos, o que corresponde ao momento de infecção ao aparecimento dos sintomas. A hanseníase pode demorar para se manifestar, isso vai depender do sistema imunológico.
A hanseníase é de natureza dermatoneurológica e compromete os nervos periféricos. São apresentadas manifestações na pele como manchas esbranquiçadas, avermelhadas, placas, nódulos e normalmente a sensibilidades dessas áreas na pele é alterada. Além disso, a doença pode causar comprometimento neural com o surgimento de choques, dormência nas mãos e pés, alterações da sensibilidade desses nervos e incapacidade da pessoa reproduzir secreções como lágrimas e suor.
O tratamento é feito voltado a dois grupos, o ‘paucibacilar’ destinado a pessoas que apresentam poucos bacilos e o tratamento é feito de seis a nove meses com antibióticos. E o ‘multibacilar’, pessoas com muitos bacilos. Para esses casos, o tratamento dura de 12 a 18 meses, também a base de antibióticos. Os medicamentos para hanseníase são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A secretaria de saúde de Petrolina, sem dúvidas tem realizado um excelente trabalho nesse aspecto. É preciso porém intensificar as campanhas.