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“Vingança e perseguição”: isenção suspensa revolta bancada evangélica

Ato da Receita Federal suspende a isenção fiscal para líderes religiosos concedida por Bolsonaro às vésperas das eleições de 2022

Um ato da Receita Federal publicado na edição desta quarta-feira (17/1) do Diário Oficial da União (DOU) revoltou membros da bancada evangélica. O texto suspende a isenção fiscal para líderes religiosos, como pastores, concedida em agosto de 2022 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Lula tirou de uma vez a máscara, e iniciou sua vingança através da perseguição religiosa”, afirmou o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PL-SP) ao Metrópoles.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, destacou: “Aqui no Brasil já somos quase 50% de evangélicos, não vão nos expulsar, mas com certeza vão tentar fazer nossos dias bem difíceis”. A parlamentar relembrou ter conduzido, durante o processo para aprovar a reforma tributária, debates sobre isenção de impostos para templos religiosos.

O senador e pastor Magno Malta (PL-ES) argumentou que a isenção não representa uma perda significativa para os cofres públicos: “O ato de Bolsonaro em 2022 foi concebido para aliviar o ônus de um segmento frequentemente envolvido em ações sociais além do alcance do Estado, como a recuperação de dependentes químicos e a distribuição de cestas básicas para os mais necessitados”.

O parlamentar alegou que a medida quer aumentar a arrecadação “em benefício de um governo que só sabe gastar” e ressaltou que a falta de uma relação amigável entre o PT e a comunidade cristã “pode influenciar as decisões políticas”.

Mariah Aquino

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