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Corrupção Municipal: o inimigo começa a agir nas pequenas cidades

Abençoada canalhice, preciosa para quem a pratica, mais preciosa ainda para os que dela se servem como assunto invariável; há quem não compreenda que um ato administrativo seja isento de lucro pessoal.

Um assunto que tem me ocupado ultimamente é a corrupção em governos municipais. É impressionante como a gente se preocupa com as notícias de corrupções do País, praticada por políticos famosos e esquecemos dos municípios,  por isso que constantemente vemos prefeitos sendo condenados por vários crimes e o povo da cidade, parece que nem ligam e somente  se juntam para criticar o governo federal.

O lamentável é que existe um padrão da corrupção em prefeituras, onde o prefeito, ao invés de trabalhar exclusivamente para o melhoramento da cidade, tão somente favorece aqueles que colaboraram com suas campanhas ou para privilegiar alguns comerciantes “amigos” em detrimento de outros. Assim, boa parte do orçamento do município é orientada em proveito do restrito grupo que assume o poder e passa a se beneficiar dos recursos públicos da cidade.

E a coisa pode ficar pior: esses prefeitos conseguem sempre amplo apoio de muitos no município que, a despeito de todas as denúncias e condenações, ainda aprovam o retorno ou permanência do político larápio. É incrível como é fácil apontar um deputado, um senador como corrupto, mas se poupa prefeitos, até porquê, as vezes,a cidade é pequena ou de médio porte e passa despercebida.E aquele político, sabedor do ponto fraco do povo, as vezes age como um libertador, usando recursos mínimos para calar a boca de seus seguidores.

Nessa pandemia da Covid-19, estamos vendo e ouvindo várias notícias de “prefeitinhos” que estão sendo presos por abusarem da doença e colocar em seus bolsos centenas de milhares de Reais. E para não cair sozinho, traz consigo ordenadores de despesas, secretários, nutricionistas, gente do almoxarifado, que cegamente obedecem as ordens do ditadorzinho da cidade. É uma pena.

Mas, como diria Graciliano Ramos: abençoada canalhice, preciosa para quem a pratica, mais preciosa ainda para os que dela se servem como assunto invariável; há quem não compreenda que um ato administrativo seja isento de lucro pessoal. Canalhas!

 

 

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