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Falou demais: PGR denuncia Moro por calúnia ao STF após fala do senador sobre o ministro Gilmar Mendes

Em nota, Moro afirmou que vídeo com a fala é um fragmento editado e que não fez acusação contra o ministro.

Uma denúncia apresentada  pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o senador Sérgio Moro (UB/PR)  por calúnia, foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF). Na peça jurídica, as falas de Moro contra o ministro Gilmar Mendes deram o tom no extenso texto.

Um petição de condenação ao senador, também veio anexada ao texto denunciativo feito pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo. O texto vem citando agravantes de que  houve um suposto crime ocorrido contra funcionário público, na presença de várias pessoas e contra pessoa com mais de 60 anos.

Moro pode até ser preso após ser ouvido em todas as instancias, caso a Justiça concorde com o Ministério Público.

Caso Moro seja condenado em prazo superior a quatro anos, o pedido da  perca do mandato feito por Lindôra,  pode entrar em vigor. A manifestação feita pelo Ministério Público, só aconteceu depois que o ministro Gilmar Mendes acionou a PGR no dia 14 de abril contra o senador. O advogado Rodrigo Mudrovitsch, que representa Gilmar, fez menção de uma reportagem da Revista Veja.

A revista publicou um vídeo em que o senador, em um evento social, respondeu a uma fala que menciona um possível “suborno” a alguém. Moro diz: “Não, isso é fiança… instituto… para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes.”

Moro rebateu as acusações através de uma  nota em que disse que foram usados fragmentos do vídeo que foram editados. E que não fez qualquer acusação contra Mendes.

“Os fragmentos do vídeo editado e divulgado por terceiros não revelam qualquer acusação contra o ministro Gilmar Mendes. O senador Sergio Moro sempre se pronunciou de forma respeitosa em relação ao Supremo Tribunal Federal e seus ministros, mesmo quando provocado ou contrariado. Jamais agiu com intenção de ofender ninguém e repudia a denúncia apresentada de forma açodada pela PGR, sem base e sem sequer ouvir previamente o senador”, afirma a nota de Moro.

A PGR também respondeu dizendo que, “ao atribuir falsamente a prática do crime de corrupção passiva ao Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Ferreira Mendes, o denunciando Sergio Fernando Moro agiu com a nítida intenção de macular a imagem e a honra objetiva do ofendido, tentando descredibilizar a sua atuação como magistrado da mais alta Corte do país”.

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