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O desafio de não ser o mesmo: Miguel Coelho está na vitrine

O centro da cidade de Petrolina realmente está repaginado, porém, a periferia vive com a mesma cara de sempre: esgoto a céu aberto, ruas esperando pavimentação, invasões que precisam de assistência social e povo a espera de programas habitacionais.

Para o prefeito  de Petrolina, a partir de agora, será outra caminhada difícil. Reeleito com uma quantidade de votos de arrepiar os adversários, Miguel Coelho terá que provar que será melhor em 2021. As periferias estão aguardando o novo mandato para poder cobrar aquilo que não foi realizado até então. Novas promessas, cobranças de sempre.

O centro da cidade de Petrolina realmente está repaginado, porém, a periferia vive com a mesma cara de sempre: esgoto a céu aberto, ruas esperando pavimentação, invasões que precisam de assistência social e povo a espera de programas habitacionais.

Se a ideia de Miguel Coelho é deixar nas costas de seu vice Simão Durando essa conta, é bom pensar duas vezes. Como todos sabem, daqui a dois anos, teremos eleições mais uma vez, e para manter-se vivo na política, o atual prefeito vai precisar deixar o cargo para buscar uma vaga para deputado (federal ou estadual) ou ainda pode sonhar mais alto e ser vice- governador de alguém ou ainda candidatar-se a governador.

Óbvio que para alguns petrolinenses, o jovem está pronto, porém, não é assim que a banda toca. Pelo fato de ter vencido as eleições em Petrolina com um grande número de votos na cidade, não é credencial para querer aventurar uma candidatura com esse grau de dificuldade. Ainda falta muito asfalto para o jovem rodar. Todos sabem que de Salgueiro para a região metropolitana do Recife, o pai do prefeito e líder de Bolsonaro no senado, Fernando Bezerra não é bem quisto.Por isso, é preciso pensar bem antes de tomar qualquer atitude. A força dos Bezerra Coelho, é notória no Vale do São Francisco, daí para cima a cantiga é outra.

A saída da prefeitura de Petrolina

O fato é que a cidade está querendo saber se Miguel Coelho só ficará um ano e três meses na prefeitura, ou tomará outros rumos. Segundo mandato é sempre mais difícil. Chega-se no primeiro mandato com gás, querendo mostrar trabalho, querendo provar para todos que é capaz. No segundo, acontece o fenômeno do descanso, da falta de recursos. É preciso ter jogo de cintura para manter-se sóbrio e focado.

Os empréstimos que foram tomados, estão chegando para bater à porta cobrando as primeiras parcelas. Petrolina espera mudanças, cumprimento das promessas de campanha. Enfim, é torcer para que esse segundo mandato seja melhor do que o primeiro, e que Miguel Coelho tenha sucesso.

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