Petrolina: com a saída de Aero Cruz da liderança da bancada, vereadores não querem assumir o cargo

O líder partidário é um parlamentar escolhido para representar seu partido, bancada ou bloco parlamentar em atividades exercidas no Poder Legislativo. Com atribuições que vão desde a orientação de votos dos outros parlamentares até a definição das pautas que serão votadas, esse líder é escolhido no início de cada mandato e precisa contar sempre com a confiança dos outros parlamentares.

Em Petrolina, os dois líderes, Paulo Valgueiro (oposição) e Aero Cruz (situação), vivem momentos ímpares. O primeiro, certamente vai deixar o MDB e seguir outro caminho partidário, mas continuará na liderança da bancada. Valgueiro, se elegeu na última campanha graças à força imprimida por Julio Lóssio, que na época era o prefeito. A ajuda substancial naquela campanha, levou Valgueiro a ter seus 2.734 votos. Agora, a história é outra. Ele pode não repetir a mesma quantidade de votos obtidos, até porque, não existe mais aquele poder nas mãos.

O segundo, Aero Cruz, que é líder da situação, enfrentará uma campanha diferente. Na campanha de 2016, apesar de ter conseguido 2.185 votos, o hoje vereador, ficou apenas na suplência. O fato é que agora, além que ter de trocar de partido, Aero, precisa devolver a cadeira ao seu verdadeiro dono, e enfrentará, diferente de Valgueiro, uma eleição com o poder nas mãos. Isso acontecerá por que Miguel Coelho, vai imprimir muita força para que ele se eleja, e não passe pelo perrengue de ficar apenas com uma suplência.

Com a saída de Aero, a vaga de líder da bancada, ficará vazia. Nesse momento, diversos vereadores não querem o cargo, até porque, muitos deles acham que a atribuição pode queimar seus filmes em época de eleição. Vai sobrar para o vereador da bancada que não quer mais se candidatar. Zé Batista da Gama. Ele será o “boi de piranha”. No seu ocaso, o vereador que tem cinco mandatos, vai em busca de novos horizontes, e certamente o cargo que será repassado, pode lhe cair bem.